O alto grau de mecanização reduz os impactos do novo coronavírus (covid-19) no setor sucroenergético brasileiro.
A avaliação é de Ben Seed, analista da consultoria especializada Czarnikow em relato nesta quinta-feira (19/03).
Segundo Seed, o elevado grau de mecanização nos processos das usinas do Brasil e da Austrália atesta que elas devem ser capazes de minimizar qualquer interrupção na safra.
Oficialmente, a safra 2020/21 na região centro-sul do Brasil começa em 01/04, embora unidades já retomaram a moagem de cana neste mês.
“O início da temporada 2020/21 não foi adiado, mas as usinas continuam cautelosas, pois qualquer aumento nos casos de vírus no campo pode afetar as operações”, destaca o analista no relatório.
Leia também:
Variedade de cana produz biopesticida natural contra a principal praga da cultura
Cultura de baixa manutenção
Conforme a Czarnikow, a cana é uma cultura de baixa manutenção, o que significa que a próxima safra brasileira deve continuar a se desenvolver como de costume.
Mesmo em países produtores que exigem muito trabalho humano, caso da Índia e Tailândia, a safra segue sem percalços.
Isso porque o corte de cana nesses países está no fim.
E novos cortes só estão previstos dentro dos próximos seis meses.
Por conta disso, a consultoria atesta que a produção mundial de açúcar não foi, até então, afetada pelo covid-19.
Levantamento desse 19/03 da empresa destaca que a fabricação global do adoçante é mantida em 175,1 milhões de toneladas.
Na safra 19/20, a produção mundial foi de 162,3 milhões de toneladas.
Produção de açúcar não é afetada pelo covid-19
Fonte: Czarnikow