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Marco temporal é uma matéria do Congresso, diz Feplana

Julgamento será realizado pelo STF nesta quarta-feira (7)

Presidente da Feplana Paulo Leal (à frente) e o presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (ao fundo) durante reunião da FPA ontem, sobre o marco temporal
Presidente da Feplana Paulo Leal (à frente) e o presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (ao fundo) durante reunião da FPA ontem, sobre o marco temporal

A Câmara dos Deputados aprovou, na última terça-feira (30), por 283 a 155, o texto-base do Projeto de Lei (PL 490/07) sobre o marco temporal da ocupação de terras por povos indígenas.

A aprovação contou com o apoio da bancada do agro que busca a segurança jurídica para a produção no Brasil. Antes da votação, inclusive, durante uma reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), entidades ligadas ao setor, a exemplo da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), reforçaram a relevância do PL e o empenho dos deputados para a consolidação da aprovação por maioria.

A matéria segue para o Senado. Caso também seja aprovada, vai para sanção presidencial. O tema ainda será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no próximo dia 7 de junho, onde decidirão se os povos indígenas também terão direito de ocupar terras que ocuparam ou que disputaram e disputam após 5 de outubro de 1988, data da Constituição em vigor.

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O STF já adiou por sete vezes esse julgamento. Porém, independente disso, a Feplana avalia que a Câmara Federal deu seu indicativo constitucional sobre a questão e precisa ser respeitado.

“Com a aprovação do PL ontem, o Parlamento manda uma mensagem à sociedade e para o STF ao estabelecer uma Ordem Democrática e Constitucional entre os poderes que regem nosso país, dizendo a todos que a decisão sobre o marco temporal dos indígenas é matéria de competência do Congresso Nacional“, fala Paulo Leal, presidente da Feplana.

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