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Maracaí, da Raízen, é a 1ª usina certificada pela Bonsucro

No último dia 21 de Junho, foi concedida a primeira certificação mundial para uma usina produtora de etanol e açúcar, conforme os critérios da iniciativa global Bonsucro (Better Sugarcana Initiative ou BSI, como era chamada anteriormente), uma organização sem fins lucrativos que busca minimizar e reduzir os impactos ambientais e sociais na produção de açúcar e etanol. A contemplada foi a usina de Maracaí, localizada no interior do estado de São Paulo e gerenciada pela Raízen, empresa resultante do processo de integração entre Shell e Cosan. A Bonsucro é a primeira certificação de sustentabilidade única e exclusivamente voltada para a produção de cana-de-açúcar, reforçando a importância do compromisso do setor com a sustentabilidade. “A certificação é a garantia que a Usina Maracaí, da Raízen, oferece a compradores, fornecedores e consumidores finais, de que o açúcar e o etanol foram produzidos respeitando-se as leis, o meio ambiente e os direitos humanos. A Raízen foi a primeira empresa do mundo a conquistar a certificação, confirmando sua posição de liderança e de vanguarda no setor”, avalia Luiz Eduardo Osório, porta-voz e vice-presidente de desenvolvimento sustentável e relações externas da Raízen.

“A conquista da certificação Bonsucro é apenas o primeiro passo para o reconhecimento da sustentabilidade da empresa, fazendo com que a Raízen seja referência global para o desenvolvimento, produção e comercialização de energia sustentável, o que traz lucratividade e competitividade à empresa”, afirma o porta-voz. Além disso, Osório confirma que uma usina brasileira receber esta certificação, que tem validade de três anos e pode ser renovada, reforça a posição de liderança mundial do Brasil no segmento sucroenergético: “a Raízen como pioneira na certificação Bonsucro acredita que a certificação foi um importante passo e que com ela, a busca do segmento por um desenvolvimento sustentável será maior. Cada vez mais a sociedade valoriza a sustentabilidade dos processos produtivos. A certificação vem justamente atender a este anseio da sociedade por processos cada vez mais limpos, padronizados e que equilibrem os três pilares da sustentabilidade: econômico, social e ambiental”.

Osório entende que, com esta certificação, a empresa é avaliada rigorosamente e apresenta garantia de sustentabilidade no processo de produção do etanol e do açúcar, sendo analisada por meio de 48 indicadores, que foram feitos baseados em cinco princípios e pilares obrigatórios: cumprimento das leis; responsabilidade social, respeito às leis trabalhistas e aos direitos humanos; gerenciamento de processos visando a sustentabilidade; manutenção da biodiversidade e dos ecossistemas; e aperfeiçoamento contínuo do setor com vistas ao desenvolvimento econômico. “Os critérios são revistos periodicamente para sempre acompanhar a evolução dos processos e do meio ambiente e as empresas certificadas passam por auditorias anuais feitas por institutos independentes”, explica.

“A atuação sob estas premissas é fundamental para a competitividade e liderança da Raízen, portanto a plena adaptação aos critérios exigidos será apenas uma questão de tempo”, complementa.

A certificação Bonsucro é o resultado de cinco anos de uma forte colaboração entre produtores de cana e organizações comerciais. “As primeiras conversas sobre uma certificação para o setor sucroalcooleiro no mundo começaram em 2005. Desde então, empresas, organizações não-governamentais e representantes do setor em todo o mundo vêm conversando para definir as normas que hoje compõem a certificação Bonsucro”, corrobora Osório. Além de reforçar a questão do meio ambiente, o selo também agrega valor ao produto final comercializado, seja a própria cana, o açúcar ou o etanol, pois garante aos compradores, fornecedores e consumidores finais que o açúcar e o etanol foram produzidos respeitando as leis, a biodiversidade, o ecossistema, a melhoria contínua dos processos, bem como garantindo o respeito aos direitos humanos. “O que agrega muito valor ao produto final”, confirma.

Ele lembra ainda que o etanol e o açúcar certificados por essa organização abre portas para os produtos serem comercializados no mercado europeu, trazendo a possibilidade de expandir as exportações. “O selo Bonsucro é um padrão exigido pela União Européia”, menciona.“Com a certificação, a unidade de Maracaí da Raízen ganha reconhecimento mundial por ser a primeira do mundo a conquistar a certificação Bonsucro. A unidade é uma prova que mesmo com 54 anos de existência, tem o que há de melhor em padrões de produção, sociais e ambientais”, comemora Osório. Ao todo, este ano, foram certificadas 1,7 milhão de toneladas de cana-de-açúcar (fornecidas pela Agroterenas), 130 mil toneladas de açúcar e 63 milhões de litros de etanol, todos produzidos pela unidade. Até o final do biênio 2017/2018, a empresa pretende certificar as atuais 24 unidades com o selo Bonsucro, ou seja, 100% da produção da companhia. “Para isso, serão investidos US$ 350 milhões em cinco anos. Somente em 2011, pretendemos certificar mais quatro unidades”, conclui.

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