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Mais uma usina na região: R$ 50 milhões

A região de Araçatuba continua atraindo investimentos do setor sucroalcooleiro por causa da oferta de espaços para o plantio de cana-de-açúcar. Nesta semana, foi a vez da Usina Batatais, de Batatais (SP) anunciar oficialmente que investirá R$ 50 milhões para instalar uma filial no município de Lins. As obras de construção terão início após o período das chuvas, possivelmente a partir de abril de 2004.

A região é apontada como a última fronteira da cana no estado de São Paulo. Por isso, deve receber, nos próximos anos, a instalação e ampliação de 13 usinas de açúcar e álcool. As empresas aproveitam a boa maré do setor – com preços estáveis e perspectivas de desenvolvimento nunca vistos antes – para se expandir. Regiões como as de Ribeirão Preto e Piracicaba, tradicionais produtoras, perdem investimentos porque não possuem mais terras disponíveis para o plantio.

“Como na cana o preço do frete é muito alto, não há outra alternativa a não ser procurar outras regiões para crescer”, diz o primeiro vice-presidente da Batatais, Bernardo Biagi.

Segundo ele, a primeira filial da empresa entrará em operação na safra de 2006, quando deverá moer 600 mil e 700 mil toneladas de cana, fabricar 50 milhões de álcool anidro e faturar cerca de 35 milhões. O investimento é bancado como 70% de recursos próprios e 30% de financiamento por meio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

De acordo com Biagi, antes de decidir pela instalação, a Batatais realizou diversos estudos e escolheu Lins por causa da oferta de espaços para plantio e de parcerias feitas com agricultores, mas as condições climáticas, localização geográfica e qualidade das terras da região também ajudaram na escolha.

“Estudamos várias regiões, algumas até de outros estados, mas houve uma convergência de fatores que nos trouxeram a Lins”, disse Biagi.

A primeira usina de Lins será instalada no distrito de Tangará, numa área de 200 alqueires adquirida pela Batatais. A expectativa é de que sejam criados 800 empregos diretos a partir das obras de instalação. A prefeita da cidade, Valderez Vegiato Moya, disse que sua administração se forçará ao máximo para apoiar a iniciativa.

Para garantir a produção, Biagi estabeleceu parcerias com agricultores da região, que iniciam, já em janeiro, o plantio de 1.000 hectares para formação de mudas. A previsão, segundo ele, é de que a usina chegue a 2005 com 4.000 alqueires plantados.

“Pretendemos moer entre 600 mil e 700 mil toneladas de cana e produzir 50 milhões de álcool anidro”, disse, acrescentando que a produção de açúcar terá início a partir de 2008.

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