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Mais conservadora, Unica altera pouco sua estimativa da safra 2003/04

A revisão da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica) para a safra 2003/04 não surpreendeu o mercado. A entidade, que representa as usinas de açúcar e álcool do Centro-Sul do país, prevê uma produção de 287,9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, o que significa um aumento de 6,5% sobre a oferta anterior, de 270,3 milhões de toneladas do ciclo 2002/03. Em relação ao seu último relatório, divulgado em fevereiro, a alteração foi de apenas 2%, ante os 282,3 milhões de toneladas iniciais.

Os números da Unica para a produção de açúcar ficaram em 18,09 milhões de toneladas, um recuo de 3,62% sobre a safra 2002/03, de 18,77 milhões de toneladas. Para o álcool, a estimativa é de uma safra de 12,6 bilhões de litros no Centro-Sul do país. A entidade mudou, significativamente, suas projeções para o mercado externo, aproximando-se dos volumes divulgados pelo mercado . As exportações deverão atingir 10,3 milhões de toneladas de açúcar no Centro-Sul do país, um 1 milhão de toneladas a mais que a última estimativa (de 9,3 milhões de toneladas), mas um recuo de 7,2% sobre o ano anterior, quando atingiu 11,1 milhões de toneladas.

“O clima favorável aos canaviais alterou para cima a oferta da matéria-prima”, afirmou o executivo Eduardo Pereira de Carvalho, presidente da Unica. Contudo, Carvalho ressaltou que a elevação em 5 milhões de toneladas da oferta da cana em nada muda o cenário traçado pela entidade. “Coletamos nossos dados junto às empresas, o que torna nossas estimativas confiáveis”, acrescentou o executivo, em meio a críticas de que as previsões da entidade estão bem abaixo dos volumes de produção divulgados por consultorias independentes do país.

Para o Brasil, a Unica prevê uma oferta de 338,98 milhões de toneladas, das quais 51 milhões de toneladas são do Norte e Nordeste do país. “Será uma safra alcooleira, sem dúvida”, disse Carvalho. A entidade projeta um mix de produção de 45,78% de açúcar e 54,22% para álcool no Centro-Sul. A oferta nacional ficará em 52,41% para o álcool e 47,59% para o açúcar, equilibrando-se à tendência açucareira da região Nordeste.

Para Carvalho, o setor começou bem a nova safra. “Cumprimos o acordo com o governo de recompor os estoques de álcool, o que provocou a redução dos preços em mais de 30%.” O executivo afirmou, ainda, que o objetivo do setor é priorizar a produção do álcool para reconquistar o mercado de carros movidos a álcool.

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