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Maior Usina do Ceará poderá voltar a moer

A Usina Manoel Costa Filho, de Barbalha (CE), considerada a maior do Estado que está paralisada desde 2005, por conta de dívidas tributárias e trabalhistas poderá voltar a moer. O assunto foi tema de debate deste domingo, entre o governador Cid Gomes e representantes do setor sucroenergético nordestino, após o encerramento da 60º Exposição Nordestina de Animais e Produtos Derivados, realizada no Ceará.

Durante o encontro, a aquisição da unidade industrial pela Petrobrás Bicombustíveis foi cogitada durante a reunião e recebeu apoio dos participantes.

De acordo com o presidente da Unida, Alexandre Andrade, a proposta de compra da usina cearense deve seguir passos semelhantes ao da Usina Catende, de Pernambuco, que está sendo avaliada pela Petrobras como objeto de compra. “Propomos ao governador que solicite à Petrobras a aquisição da unidade desativada”, diz, alertando que no caso da usina do Ceará, por não ser uma massa falida como a pernambucana, a negociação pode ser ainda mais fácil”.

O relatório de avaliação e viabilidade sócio-econômica foi entregue ao secretário estadual de Desenvolvimento Agrário, José Nelson Martins de Sousa, que também participou do encontro. As diversas micro-propriedades no entorno do estabelecimento e os 1,1 mil pequenos fornecedores de cana de açúcar da região foram apontados no documento. “É um compromisso meu, com a população desta região (Crato), fazer a usina voltar a moer”, reforça o governador.

Além da vantagem de gerar emprego e renda, a volta das atividades da Usina Manoel Costa Filho poderá diminuir radicalmente a atual importação de etanol do Ceará.

Usinas estratégicas

Segundo Alexandre Andrade, se a intenção da presidente Dilma é aumentar a produção nacional de etanol, a aquisição de parques industriais localizados em regiões estratégicas e já instalados é bem atrativa.

Ele destaca que a participação atual da Petrobrás na produção brasileira de etanol é de 5%, mas que o Governo Federal deseja aumentar para 12%. “

A Unida aproveitou o encontro para apresentar um relatório de viabilidade sócio-econômica do empreendimento. “A volta do funcionamento da unidade industrial, que já representou 4% do PIB do Ceará, e que empregou 384 funcionários industriais e mil no campo, demonstra grande retorno de investimentos”, diz Andrade.

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