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Lula pede ao BID financiamento para biodiesel

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ontem a Luis Alberto Moreno, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) —maior instituição regional de fomento do mundo — que o banco financie projetos para produção de biodiesel no Brasil e nos demais países da América Latina. Ouviu como resposta que o BID já está analisando projetos envolvendo biodiesel e etanol (álcool combustível). Moreno afirmou que a energia é um dos temas mais relevantes atualmente em todo o mundo e que, por isso, o banco quer investir no gasoduto sul-americano (Venezuela a Argentina) e numa refinaria de etanol na região.

Segundo o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, Lula disse a Moreno que o Programa Nacional do Biodiesel é um dos maiores de seu governo e merece apoio. Moreno contou que Lula quer tornar o Brasil um centro de excelência na produção de biocombustível e que o mundo está interessado nessas ações:

— O Brasil tem muito a ensinar aos irmãos latinos e ao mundo. Vejo que muitos países querem ver mais de perto essa experiência do Brasil. Como disse o presidente Lula: na próxima década, o mundo terá que plantar petróleo.

O presidente do BID lembrou, porém, que ainda é imensa a necessidade de investimento em infra-estrutura na América Latina. Por isso, o banco mantém forte interesse na área e, no caso do Brasil, deve assinar convênios até abril em uma linha de financiamento para municípios chamada Pró-Cidades, no valor de US$ 400 milhões. Os recursos serão administrados pela Caixa Econômica Federal e serão aplicados em seis áreas.

— Foram discutidos ainda na reunião investimentos do BID em infra-estrutura, saneamento básico, na construção da hidrelétrica do Rio Madeira e nas chamadas PPPs (Parcerias Público-Privadas) — afirmou Paulo Bernardo.

Para Moreno, investimento externo vai crescer na AL

Lula e Moreno assinaram também convênio para a realização da 47 Reunião do BID em Belo Horizonte, em abril. Moreno ainda comentou a valorização do dólar frente ao real no Brasil, afirmando que vários países da América Latina experimentaram bom desempenho econômico e que, por isso, “os fluxos de investimento devem continuar aumentando”.

Ao ser perguntado sobre as perspectivas do ministro das Relações Institucionais, Jaques Wagner, de que a expansão ficará em torno de 4%, Paulo Bernardo concordou:

— Como sou otimista, acho que vai ser maior do que isso — brincou o ministro.

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