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Lula no México: cooperação em energia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou ontem viagem de cinco dias pelo México e por quatro países da América Central — Honduras, Nicarágua, Jamaica e Panamá — para fortalecer laços políticos entre o Brasil e esses países e tentar evitar a ascendência da Argentina e Venezuela na região.

Em Honduras, Nicarágua e Jamaica, será a primeira visita de um presidente brasileiro. A delegação não tocará em temas controversos, como a ambição brasileira de conseguir vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU, que encontra oposição do México.

O que estará na mesa serão temas como biocombustíveis e Fome Zero, além de negócios em infra-estrutura.

Lula desembarcou ontem na capital mexicana, acompanhado dos ministros das Relações Exteriores, Celso Amorim, Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, e do ministro da Secretaria de Ações Especiais de Longo Prazo, Mangabeira Unger. É a primeira vez que Unger participa de viagem presidencial.

Brasil interessado nas obras do canal do Panamá O interesse brasileiro de explorar petróleo em águas profundas no país encontra barreiras na lei mexicana, que prevê restrições a petrolíferas estrangeiras. Mesmo assim, a Petrobras buscará cooperação com o governo mexicano.

Lula pretende levar ao país a experiência brasileira com biocombustíveis, especialmente com o etanol.

Do México, Lula faz uma visita-relâmpago a Honduras, onde permanecerá somente cerca de sete horas e parte em seguida para Nicarágua. Desde a eleição de Daniel Ortega, o país tem contado com ampla ajuda da Venezuela de Hugo Chávez. O encontro de Lula com Ortega servirá para tentar aumentar a influência brasileira no país. Estão previstos acordos em saúde, turismo, educação, transporte e desenvolvimento agrário. A Nicarágua tem interesse também em desenvolver etanol a partir da cana-de-açúcar.

Além disso, Ortega quer trocar informações com Lula sobre o programa Fome Zero.

O sandinista tem o programa em seu país, inclusive com o mesmo nome, com meta de atender a 75 mil famílias em cinco anos.

Na Jamaica, Lula participará da inauguração de uma fábrica de biocombustível com capital brasileiro e jamaicano.

É o segundo empreendimento desse tipo. A usina é a maior do Caribe, com produção de 60 milhões de galões. O périplo de Lula termina na sexta-feira, no Panamá.

O Brasil tem interesse nas obras de ampliação do canal, avaliadas em US$ 5,5 bilhões.

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