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Lula diz que é preciso evitar a desconfiança sobre etanol brasileiro

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que para fortalecer o etanol, tanto no mercado interno quanto no mercado externo, é preciso estar atento ao crescimento da demanda, evitar desabastecimento, construir novas usinas, desenvolver estudos e pesquisas e investir em tecnologia.

“Se a gente permitir que a cada ano tenha problemas de suprimento dos nossos consumidores, vai cair na (…) desconfiança. Precisamos de forma responsável acompanhar o crescimento do consumo para fazer o crescimento do setor. Senão, corremos o risco de começarmos a perder credibilidade no exterior.”

As declarações foram feitas na noite de segunda-feira (6), durante a entrega do 2º Prêmio Top Etanol. “Nos anos 90, chegamos a ter quase 100% dos carros a álcool. No ano 2000, tínhamos muito pouco. Não pod emos permitir que essa desconfiança volte”, disse.

Ele reforçou que as usinas precisam estar preparadas para atender ao crescimento da demanda e que é preciso construir novas usinas. “A questão do etanol não pode voltar atrás.”

Estados Unidos

Durante o discurso, Lula aproveitou para criticar o “protecionismo irracional dos países ricos”, referindo-se, principalmente, às barreiras impostas pelos Estados Unidos ao etanol brasileiro. “Os EUA eram defensores do livre comércio quando é o produto dele que tem que entrar no nosso país, mas quando é o nosso que tem que entrar no deles, eles não são tão defensores assim.”

Trunfo energético

Para Lula, poucos países dispõem do trunfo que o Brasil dispõe para vender os desafios energéticos. “Nosso etanol reúne condições dificilmente equiparáveis na corrida da bioenergia por outros países”, disse.

“A cada país que chego, faço a seguinte pergunta: Quanto você importa de petróleo por ano? Um país que não tem pet róleo subordina sua matriz energética ao petróleo? Poderia ter uma nova matriz energética, gerar emprego, gerar renda e mudar a lógica do desenvolvimento do país”, defendeu.

Com relação às críticas que já foram feitas ao país – caso, por exemplo, das críticas ao desmatamento e também do emprego de mão de obra escrava no setor canavieiro – Lula disse que “se criou um processo de mentiras sobre o Brasil na questão do clima que não podemos admitir”. “O Brasil, que tem a energia mais limpa, não pode aceitar o discurso que querem nos impor.” As informações são do G1.

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