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Logística impede reação no Centro-Oeste

No Centro-Oeste do País a relação custo benefício para a soja não deve ser favorável já na próxima safra. O custo até 100% maior no custo de transporte da soja até os portos, além do risco de a produtividade ser apenas igual a deste ano, devem fazer com que o produtor só se livre de prejuízo em 2008, segundo analistas.

“A grande incógnita deste ano é a produtividade. É bom lembrar que resultados melhores só ocorrem com produtividade alta, e nossa projeção hoje é de que devemos observar produtividade apenas igual à deste ano, de 47 sacas por hectare devido à seca. Esta estimativa era maior há alguns meses, de até 52 sacas”, disse o analista da Agência Rural Seneri Paludo.

Segundo informou, uma das apostas da região para ampliar a produtividade seriam as lavouras precoces. “São lavouras que têm a colheita antecipada para fevereiro ou março. Nelas, a ferrugem não tem tempo de se desenvolver. Porém, elas necessitam de chuva abundante, o que não está ocorrendo”, disse o analista da Agência Rural.

O custo com logística no centro do País também é mais cara do que no Sul. O transporte da soja até os portos chega a US$ 95. Este mesmo custo está entre US$ 45 e US$ 60 no Sul.

Além disso, o solo no Centro-Oeste necessita de mais insumos. “Existe uma redução de custos, porém a conta ainda não fechará em 2007”, disse.

O custo de produção no Centro-Oeste está entre US$ 400 e US$ 450 por hectare. Levando-se em conta uma produtividade alta, de 50 sacas de 60 quilos por hectare, o produtor teria um custo de US$ 8 por saca. É um custo alto levando-se em conta que ontem, em Chicago, os contratos futuros para março fecharam a US$ 7 por saca.

Preço maior só em 2008

A trajetória de alta nos preços da soja ainda devem demorar um pouco. Atualmente, há tendência de elevação nos preços, os motivos são crescimento da demanda pelo grão para biocombustíveis, possível área plantada menor nos EUA devido à forte demanda por milho para o etanol, além da demanda crescente no mundo.

“A superssafra dos EUA, porém, deve evitar fortes elevações de preços até o próximo ano”, completa.

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