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Lixo vira energia, emprego e renda

A cidade tem a primeira e única fábrica de briquete do Estado, com tecnologia importada dos EUA e Europa

Produção de 1,5 tonelada por hora, 33 toneladas por dia e 800 toneladas por mês, um investimento da ordem de 1,3 milhão de reais com geração de 25 empregos formais, preservação do meio ambiente e limpeza de doze anos de acúmulo de serragem.

Este é o fruto do projeto de fabricação do briquete, o primeiro desenvolvido no Brasil, exatamente na cidade de Tailândia, no sudoeste do Pará, uma iniciativa da prefeitura local, que importou o conhecimento dos Estados Unidos da América e a tecnologia da Alemanha. Isso redundou na única fábrica do produto no país, a qual já mereceu inclusive o reconhecimento do Sebrae-Pará, no concurso Prefeito Empreendedor que contemplou também as prefeituras de Paragominas e Santarém.

Segundo o engenheiro Jayme José dos Santos, responsável pelo desenvolvimento do projeto do briquete em Tailândia, trata-se, simplesmente, da transformação do lixo em energia. Isto é, a serragem passa por um processo e volta a ser utilizada como energia, onde uma tonelada do produto equivale a sete metros cúbicos de lenha que, depois de queimado, deixa apenas dois por cento de cinza sem emissão de fumaça, ajudando, assim, no revigoramento do meio ambiente.

Importante a destacar, segundo Jayme, é a substituição cem por cento de carvão vegetal, forno elétrico, gás, caldeiras, entre outros, com total economia. O briquete pode ser utilizado em caldeiras, aquecimento central, panificação, churrascaria, siderúrgicas, etc. Por isso, é um produto usado em larga escala nos países do primeiro mundo, especialmente aqueles onde há frio constante e que necessita do uso de lareiras.

Jayme pontuou que o briquete é cem por cento natural e que em Tailândia a produção está garantida pelos próximos quinze anos. Sua fabricação ocorre por um método diferente. A serragem deixada pelas serrarias recebe pressão de cerca de duzentas toneladas, num processamento que abre a cadeia molecular de madeira, extraindo a resina liguinínea, transformando-se no produto final que tem valor calórico muito maior que a lenha e o carvão, e de fácil armazenagem.

A grande vantagem do empreendimento, destaca Jayme, é que todos os recursos da produção são cem por cento revertidos no setor de saúde. Trata-se, afirma o engenheiro, de um empreendimento social, que caminha independente de política e da prefeitura, embora seja administrado por uma equipe de técnicos da prefeitura.

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