A aplicação de vinhaça nas lavouras de cana-de-açúcar é uma prática comum mas que ainda não havia sido viabilizada por meio dos pivôs de irrigação, em função do alto poder corrosivo do produto. A Lindsay América do Sul, empresa sediada em Mogi Mirim/SP, desenvolveu uma linha de revestimentos (Inox, PVC e Polietileno) para as tubulações dos pivôs que permite a fertirrigação utilizando a vinhaça. Os pivôs se sobressaem aos carretéis – equipamento utilizado atualmente pelas usinas para esta aplicação – pelo baixo custo operacional (consumo de energia), uniformidade de aplicação e menor exigência de mão-de-obra.
O novo pivô tem estrutura robusta, com funcionalidade igual aos equipamentos comercializados atualmente, porém, com a garantia de maior vida útil. Foram desenvolvidas três opções de materiais: Pivô com tubos e conexões em aço inox, Pivô com barras de tubos de PVC e com proteção Ultra Violeta, e o Pivô com tubos revestidos internamente com polietileno (que protege a tubulação estrutural evitando contato com a água). A Lindsay é a primeira industria de pivôs do Brasil a desenvolver uma linha comercial de pivôs que possibilita a fertirrigação com vinhaça.
A vinhaça é um resíduo líquido altamente corrosivo mas rico em potássio, que é usado na fertilização dos solos cultivados com cana. Pesquisas indicam que o solo não deve receber mais do que 400 kg de potássio por ha, porque acima desta quantidade ele se torna tóxico. Por esta razão, as usinas precisam de equipamentos adequados que espalhem a vinhaça de maneira uniforme e por toda a lavoura, evitando a concentração. Cada litro de álcool que é produzido nas usinas gera aproximadamente 12 litros de vinhaça.
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