JornalCana

Líderes buscam política setorial para bioeletricidade

Marcos Jank, presidente da Unica e Adézio Marques, presidente do CEISE Br em recente artigo do boletim do CEISE, defenderam que a bioeletricidade também precisa de uma política setorial para se desenvolver na matriz energética brasileira. Prova disso foi que no leilão de energia nova A-3, a bioeletricidade da cana foi responsável por somente 4,4% do total da energia comercializada. Já no leilão de energia de reserva, a bioeletricidade da cana representou apenas 5,1% da energia comercializada. Foram 81 projetos cadastrados inicialmente que, se aprovados, representariam 4.580 MW, ou 41% da potência instalada da UHE Belo Monte. Apenas 10 projetos foram aprovados,

Segundo os líderes, de 2005, quando ingressou em leilões regulados, até 2010, a bioeletricidade teve uma evolução de quase 700% no volume de energia vendida para o setor elétrico. “Considerando-se a atual capacidade da indústria da cana-de-açúcar, a biomassa sucroenergética tem hoje capacidade para instalar algo como 500 MW a 600 MW médios por ano”, dizem.

Mas eles explicam que em 2010, porém, contratou-se apenas 191 MW médios bioelétricos nos leilões em que a fonte participou. Agora, em 2011, foram 81 MW médios no A-3 e no LER. “Não podemos construir a indústria de bens de capital de uma fonte de geração à custa da desarticulação de outra fonte, no caso a biomassa, cuja cadeia produtiva é genuinamente nacional. Os leilões no ambiente regulado deveriam ser específicos por fonte ou regionais, levando em consideração o potencial de cada fonte ou região. No caso da biomassa de cana, o potencial está sobretudo na região Centro-Sul, que é o maior centro consumidor de energia elétrica do país (77% do consumo nacional)”, afirmam.

Para eles, energia e etanol são produtos sinérgicos pois se o setor fechar a porta para a bioeletricidade, estará desestimulando também a tão necessária expansão do etanol no Brasil. “Uma política setorial adequada para a bioeletricidade sem dúvida colaborará também para a expansão da produção do etanol e do açúcar”, lembram.

Inscreva-se e receba notificações de novas notícias!

você pode gostar também
Visit Us On FacebookVisit Us On YoutubeVisit Us On LinkedinVisit Us On Instagram