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Líderes alertam para risco real do E85

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Maurílio Biagi Filho, presidente Maubisa, falou sobre a possível substituição do etanol pelo E85, uma mistura de 85% de etanol anidro e 15% de correntes intermediárias de gasolina.

O assunto vem sendo discutido na chamada “Sala do Etanol”, dentro do Ministério de Minas e Energia. “Quando há um vácuo de liderança este tipo de debate aparece. É algo muito preocupante. Se continuarmos assim, sem apresentar soluções concretas, nosso destino não será bom”, disse.

O empresário lembra que há quatro anos o setor sucroenergético pede que o preço da gasolina seja revisto, já que em função de uma estratégia política, o valor ficou estagnado ao invés de acompanhar os reajustes do mercado.

Esta, segundo Biagi, não é a melhor estratégia. “Durante todo este tempo dizemos que é preciso aumentar o preço da gasolina e isso irritou o governo. Devemos apontar quais os caminhos, as soluções, e não deixar que o governo tome esta decisão. Permitir que o governo resolva todos os problemas é perigoso”.

Arnaldo Jardim, deputado federal e presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Sucroenergético, também teme pelo futuro do biocombustível. “Infelizmente, vemos que o governo, ao invés de buscar alternativas consistentes para o etanol, busca subterfúgios. Eles são incapazes de apresentar soluções definitivas e buscam reinventar o sistema”.

Por fim, lembra que os problemas do E85 vão além. “Ele se utiliza da virtuosidade do etanol que tem um alto poder de octanagem. Com isso, permite que se misture correntes menos nobres que vem petróleo, algo altamente poluidor. Não tem cabimento do ponto de vista de planejamento, logístico, enfim. Devemos ficar atentos. Considero que este assunto seja uma verdadeira ameaça”.

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