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Lideranças do setor fazem suas avaliações

Roberto Hollanda Filho, da Biosul, e Mário Campos, da Siamig, comentam sobre a situação e oferecem estratégias

“Brasil precisa se posicionar”

“É muito importante que o Brasil se posicione com relação ao que tem ocorrido no mercado internacional do açúcar. Defendemos uma concorrência justa e leal, porém as decisões do governo Indiano têm afetado diretamente outros players do mercado e isso precisa ser revisto.

Com relação aos impactos do açúcar na saúde, é importante o consumidor estar atento ao seu bem-estar, as suas recomendações médicas e principalmente a informação de qualidade. Na mídia o açúcar se tornou o grande ‘causador’ dos problemas de saúde do ser humano, contudo temos pesquisas nos Estados Unidos que mostram a redução no consumo do açúcar e o aumento de casos de obesidade na população, ou seja, o açúcar nem sempre é o grande vilão como muitos indicam, pelo contrário, é um energético essencial.”

Roberto Hollanda Filho, presidente da Associação de Produtores de Bioenergia do Mato Grosso do Sul (Biosul)

“Assunto precisa ser discutido de forma global”

“O setor precisa encarar de frente o problema das interferências governamentais no sistema produtivo e está mobilizado neste sentido. Já houve uma decisão do governo federal de iniciar contestação no âmbito da OMC tanto no caso da Índia quanto da China, assim como já ocorreu no passado em relação à Tailândia e a União Europeia.

Essa ação é importante porque esses dois países são grandes produtores e também estão na região onde ocorre o maior aumento de consumo do produto no mundo e que está dando sustentação à demanda do mesmo. Senão houver interferência estatal na produção de açúcar, o Brasil será beneficiado, pois os mercados serão majoritariamente abastecidos pelo país, devido a sua importante posição de liderança em relação à quantidade e eficiência na produção.   

Sobre a questão da crítica ao açúcar referente à saúde é um assunto que envolve o mercado interno e principalmente os mercados de países desenvolvidos, por isso é extremamente importante que o país faça alianças, seja com a indústria de alimentação e os produtores de outros países, pois esse assunto precisa ser discutido de forma regional e global.

Mário Campos, presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig)

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