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Leilões garantem investimentos em bioeletricidade até 2018

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O 2º Leilão A-5, último de 2013 para compra de energia de novos empreendimentos, foi realizado em 13 de dezembro. Na ocasião, foram comercializados quase 70 MW médios para entrega a partir de 2018, que virão da fonte bioeletricidade da cana-de-açúcar por meio de quatro empreendimentos. Mesmo representando apenas 4% do total de energia contratada, a bioeletricidade da cana vai gerar investimentos da ordem de R$ 0,5 bilhão e receita anual de R$83,3 milhões por 25 anos a partir de 2018, quando os contratos preveem o início da entrega da energia comercializada.

Considerando também os resultados do 1º Leilão A-5, realizado em agosto do mesmo ano, a fonte bioeletricidade da cana comercializou 203 MW médios em 2013, que vão exigir investimentos totais de R$ 1,4 bilhão em 11 projetos até 2018. A venda de bioeletricidade da cana nos leilões de energia nova no ambiente regulado em 2013 significará também acrescentar uma receita anual de R$ 243 milhões pelos 25 anos do contrato ao setor sucroenergético.

Para Zilmar de Souza, gerente de Bioeletricidade da Unica – União da Indústria de Cana-de-Açúcar, o ano de 2013 marcou o retorno da bioeletricidade sucroenergética aos leilões regulados, mas ainda há grande preocupação com essa fonte e sua inserção na matriz brasileira de energia elétrica. “A biomassa mostrou uma resposta rápida e positiva ao se criar o produto térmico, mas precisamos aproveitar e avançar mais em 2014. O ideal seria continuar aprimorando o modelo dos leilões, dentro de uma política de longo prazo para cada uma das fontes renováveis, com certames regionais ou por tipo de fonte de geração e preços-teto específicos,” explica Souza.

O representante lembra que o governo aponta um potencial da bioeletricidade sucroenergética da ordem de 8,4 GW médios até 2022, isto sem considerar o potencial que o setor vislumbra na palha da cana. “Se temos esse potencial reconhecido pelo próprio governo e estamos contratando anualmente 203 MW médios em novos projetos, vemos que a contratação ainda está demasiadamente modesta tendo em vista o potencial do setor que o próprio governo identifica.”

Para Souza, é preciso melhorar o preço-teto dos leilões e reconhecer as externalidades positivas da bioeletricidade. “A geração próxima aos centros de consumo e a complementaridade com a fonte hídrica, por exemplo, são vantagens significativas. Se houver uma política de longo prazo adequada, alinhada com o estímulo à expansão do etanol na matriz de energia, a bioeletricidade responderá positivamente nos leilões, como ficou demonstrado em 2013”.

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