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Leilão de energia vende só 12% da necessidade de distribuidores

O leilão de energia realizado nesta sexta (5) cobriu apenas 12,4% da necessidade dos distribuidores para 2015. A oferta de eletricidade no certame foi garantida pelas empresas estatais –Furnas e Petrobras–, que venderam 622 megawatts (MW) dos mais de 5.000 MW necessários.

Esse era o último pleito realizado em 2014 para que as distribuidoras comprassem eletricidade suficiente para suprir a demanda de seus consumidores para 2015.

O volume necessário de contratação para o próximo ano é de cerca de 5.000 MW, devido ao término de contratos antigos com os geradores e ao aumento do consumo.

Como a comercialização ficou muito abaixo da necessidade real das empresas, um novo pleito será realizado às pressas na primeira quinzena de janeiro.

Segundo Frederico Rodrigues, da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), todo o volume de energia negociado foi o quanto os geradores ofertaram de energia, o que restringiu a compra.

A estratégia das geradoras e distribuidoras nesta sexta foi apostar na possibilidade de um novo leilão, de prazo mais curto, em janeiro, como havia sido antecipado pela Folha.

A demanda feita pelas companhias no pleito desta sexta ficou pouco acima da oferta dos geradores, algo entre 700 e 800 megawatts.

Estatais

Petrobras e Furnas foram as únicas empresas a oferecer energia no pleito.

A petroleira ofertou energia de duas térmicas a gás, Aureliano Chaves (MG) e Rômulo Almeida (BA). Somadas, venderam 270 MW.

A estatal elétrica, por sua vez, vendeu 352 MW a partir de diversas usinas.

Apenas a termelétrica de Aureliano Chaves ofereceu um desconto de R$ 0,01 por MWh. O desconto mínimo foi insuficiente para que pudesse ser estipulado um deságio em relação aos preços limites do leilão.

Havia três possibilidades de oferta disponível para os geradores: hidrelétricas com prazo de suprimento de três e cinco anos e térmicas com prazo de três anos.

Os preços-teto para cada um dos produtos era de R$ 180 por MWh, R$ 201 por MWh e R$ 192,00 por MWh, respectivamente.

As duas empresas ofereceram energia apenas pelo prazo de três anos, rejeitando o produto mais barato, mas que possuía um tempo maior de suprimento.

O volume financeiro ficou em R$ 3,22 bilhões.

Fonte: Folha de S. Paulo

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