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Leilão de energia de reserva será discutido hoje em Goiânia

O Sindicato da Indústria de Fabricação de Açúcar de Goiás (Sifaeg/Sifaçúcar) promove nesta sexta-feira (25), em Goiânia, GO, uma reunião sobre Leilão de Energia de Reserva (Conexões Elétricas). O evento será realizado das 9h às 16h30, na Fieg (Federação das Indústrias do Estado de Goiás).

Na oportunidade, representantes da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), da Celg (Centrais Elétricas de Goiás), Sifaeg/Sifaçúcar, EPE (Empresa Brasileira de Energia) e ONS (Operador Nacional do Sistema), vão discutir o panorama do setor energético no País, cogeração, além das regras sobre os leilões de energia de reserva.

A importância dessa forma de bioeletricidade para a segurança energética do País é estratégica. Ela atende a demanda por energia no período da safra da cana, que vai de maio a dezembro, justamente quando chove menos nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e o nível dos reservatórios está mais baixo.

A exploração da biomassa proveniente da cana-de-açúcar (bagaço e palha) representa uma oportunidade de proteger o sistema elétrico nacional de eventuais faltas de energia. O problema, segundo o Sifaeg, é que existem vários entraves para o melhor aproveitamento dessa energia.

A entidade afirma que faltam projetos de infra-estrutura que viabilizem empreendimentos do setor de cogeração e atraiam investidores para os leilões. Segundo o sindicato, a infra-estrutura nas áreas de expansão das usinas de cogeração é baixa, principalmente no Oeste de São Paulo, Mato Grosso do Sul, triângulo mineiro e Sudeste goiano.

“É difícil fazer conexões com a rede elétrica nesses locais. As linhas são de pequeno porte e o potencial de geração é muito grande, o que faz com que a energia produzida não seja consumida somente na região”, disse o Sifaeg, em nota.

O encontro também vai abordar a exigência de licenciamento prévio para que as usinas se habilitem nos leilões. Para o sindicato, isso se transformou num empecilho para o setor. “Uma lei do Conama estabelece que o órgão tem um prazo de até um ano para emitir a licença prévia, a partir do pedido de uma usina, e que os editais dos leilões saem cerca de quatro meses antes do acontecimento do certame, o que inviabiliza a entrada de diversos empreendimentos”.

A entidade defende que os preços para a energia vendida a partir da biomassa precisariam ser escalonados. De acordo com a Unica, nos primeiros cinco anos, os preços seriam 20% maior que o estabelecido. Nos cinco anos seguintes, os preços se manteriam iguais aos estabelecidos. Já nos últimos cinco anos, o valor seria 20% menor.

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