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Leilão de energia A-3 contrata 867,6 MW de usinas eólicas, diz EPE

O leilão de energia A-3 realizado nesta segunda-feira (18) contratou 867,6 megawatts (MW) de 39 projetos de energia eólica, que irão entregar energia para o mercado consumidor a partir de 2016, numa competição em que só a fonte eólica vendeu energia e que durou menos de 30 minutos na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Os projetos, que devem demandar investimentos de R$ 3,4 bilhões segundo estimativas do governo, venderam energia a um preço médio de R$ 124,43 por megawatt-hora, um deságio de 1,25% frente ao preço máximo estabelecido no certame, de R$ 126 por MWh.

O preço mais baixo de energia vendido no leilão foi de R$ 118 por MWh, de um parque na Bahia. Já o mais alto foi de R$ 126 por MWh, referente a três projetos no Rio Grande do Sul.

As usinas eólicas vencedoras no leilão estão localizadas no Ceará, Pernambuco, Piauí, Bahia e Rio Grande do Sul. Os parques contratados têm 380,2 MW médios de garantia física.

O leilão movimentou R$ 7,25 bilhões em contratos de energia, comprada por 28 distribuidoras. A Copel foi a empresa que contratou mais energia, ou 10,51% do total de 58.293.900 megawatts-hora (MWh) contratados no leilão. A goiana Celg realizou a segunda maior contratação, de 9,63% do total.

O leilão tinha 10.460 megawatts (MW) de projetos cadastrados, dos quais 9.191 MW eram de eólicas, 813 MW de solares, 190 MW de pequenas centrais hidrelétricas e 266 MW de térmicas a biomassa. Mas só as eólicas venderam energia, no produto por disponibilidade, por 20 anos.

O leilão era a estreia da fonte solar, que pela primeira vez foi autorizada a participar de um leilão de energia promovido pelo governo, mas agentes do próprio setor já acreditavam que a fonte não conseguiria ser competitiva para vender no leilão.

A energia eólica tem sido bastante competitiva e já tinha viabilizado 1.505 MW de projetos no leilão de energia de reserva, ocorrido em agosto.

Com os projetos contratados nesta segunda-feira, a fonte eólica eleva o número de novos projetos viabilizados em leilões públicos neste ano para cerca de 2,4 gigawatts (GW). A expectativa anual de contratação do segmento é de cerca de 2 GW por ano para manter a indústria de equipamentos eólicos no país.

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