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Lavouras em queda no estado

As lavouras pernambucanas não tiveram um bom resultado no primeiro semestre deste ano. Nas culturas temporárias, a queda foi de 16,9%, segundo levantamento da Agência Condepe/Fidem. O resultado foi influenciado principalmente pela redução na produção da cana-de-açúcar (19,7%), arroz (-66,9%), mandioca (-50,2%), tomate (-38,6%) e abacaxi (-89,6%). Já na lavoura permanente, o decréscimo na produção foi de 20,9%. Banana (-13,1%), laranja (-31,7%), maracujá (-38,1%), coco (-44,1%), café (-3,1%) foram as culturas que mais sofreram perdas.

“Vários fatores, muitas vezes combinados, contribuem para redução nas safras, a exemplo de adversidades climáticas, inadimplência bancária quanto ao crédito financeiro conseguido, comercialização desfavorável de safras passadas e incidência de doenças fitossanitárias”, explica Carlos Alberto Basílio, chefe da Unidade de Estudos Macroeconômicos da Agência Condepe/Fidem. “As culturas do abacaxi, laranja, banana, maracujá, mandioca e tomate são bastante suscetíveis à incidência de doenças, até em modificações climáticas, e de problemas nos seus fluxos de comercialização, pois enfrentam forte competitividade no mercado regional”, destaca Basílio.

Já os produtores de arroz vêm enfrentando problemas de inadimplência bancária, limitando bastante novos financiamentos da safra, de acordo com Carlos Alberto Basílio. No entanto, como o arroz tem um peso de apenas 0,90%, os impactos desta redução são menores no estado. O mesmo não acontece com a cana-de-açúcar, que responde por 58,25% do que é produzido nas lavouras temporárias do estado. Por isso, a queda da cana derrubou o PIB da agricultura.

“A cultura da cana-de-açúcar, mesmo apresentando pequena melhora de produtividade, ainda se ressente da falta de renovação de canaviais envelhecidos”, explica Basílio. A nova safra da cana começa agora no estado e a perspectiva é de que haja um pequeno aumento na produção. O mesmo vale para as outras culturas que sofreram perdas. “Espera-se que os dados sejam mais positivos no segundo semestre”, prevê ele. “As culturas do café e do coco-da-baía (coco seco e verde) já apresentam variação positiva com os novos levantamentos”, acrescenta o técnico.

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