Lavoura de feijão deve receber irrigação

O período foi marcado pela manutenção do calor e da baixa umidade do ar no Estado de São Paulo. A temperatura permaneceu em elevação, chegando a 34 graus em Guaratinguetá, Ilha Solteira e Presidente Prudente. Não choveu em todo o Estado e, na região norte, a estiagem já se aproxima dos 30 dias.

A umidade do solo é muito baixa em todas as regiões e apenas nas proximidades de Sorocaba e no Vale do Ribeira as reservas hídricas estão acima de 30% da capacidade máxima de retenção. A irrigação tem sido necessária nas áreas de produção de legumes e hortaliças.

Além do aumento no custo de produção, o calor tem acelerado a proliferação de pragas e doenças e elevado as perdas de fim de ciclo.

No Pontal do Paranapanema, as lavouras de feijão semeadas em abril exigem irrigação em freqüência elevada neste ano. Ao contrário do que ocorreu no ano passado, a expectativa não é favorável nesta safra.

A baixa umidade do solo também vem afetando o mercado de mandioca no Estado, tornando mais difícil a colheita, elevando o custo de produção e reduzindo a oferta do produto.

COLHEITA

Nos pomares de Bebedouro, Matão e Araraquara a colheita da laranja prossegue e avança por boa parte dos pomares da variedade pêra. A boa distribuição da chuva até o fim de abril e a elevada amplitude térmica diária – diferença entre a temperatura diurna e noturna – favoreceram o crescimento e a coloração dos frutos.

O clima permitiu a continuidade da colheita da cana em Piracicaba, Jaú, Ourinhos, Ribeirão Preto e Araçatuba, mas a proibição da queimada reduziu a eficiência dos trabalhos de campo. Nas áreas mais planas, que podem ser colhidas mecanicamente e não necessitam das queimadas, o corte e o transporte seguiram normalmente.

O tempo seco também permitiu o prosseguimento da colheita do milho safrinha em Cândido Mota, Assis e Itapeva; da nêspera em Mogi das Cruzes; da batata em Vargem Grande do Sul; do sorgo em Barretos e São José do Rio Preto; da uva em Jales e Fernandópolis; do amendoim em Jaboticabal; do café em Mococa, Franca e Espírito Santo do Pinhal; e do morango em Monte Alegre do Sul, Atibaia e Campinas.