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Koblitz avalia mercado de venda de créditos de carbono

A próxima reunião dos países referente à Convenção Quadro de Mudanças Climáticas, prevista para acontecer em dezembro deste ano em Milão (COP-9), já está gerando expectativas otimistas entre as empresas do setor energético. A Koblitz e toda a comunidade ambiental estão confiantes de que a Rússia já terá ratificado o Protocolo de Quioto até a realização dessa convenção, a qual terá como foco a regulamentação desse protocolo.

Segundo o diretor de gestão corporativa da Koblitz, José Roberto Faro, atualmente já existem 55 países participantes. Contudo, mesmo juntos, eles ainda não representam 55% do nível de emissão dos Gases de Efeito Estufa (GEEs) verificados em 1990 – como é requerido no protocolo. Caso a Rússia ratifique o documento, não será mais necessária a aprovação dos Estados Unidos para que as regras entrem em vigor.

O Protocolo de Quioto, assinado em dezembro de 1997 pelas partes signatárias da Convenção da ONU e regulamentado em Marrakesh no final de 2001, tem como objetivo reduzir a intensificação do efeito estufa, causado, principalmente, pelo aumento da concentração na atmosfera de alguns gases, sobretudo do dióxido de carbono (CO2). Esses gases resultam, em sua maioria, da queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural) e a concentração deles na atmosfera tem ocasionado um processo de alteração climática em todo o planeta. Para se ter uma idéia da gravidade desse problema ambiental, nos últimos 100 anos registrou-se um aumento de cerca de 1 grau centígrado na temperatura média da Terra.

O Protocolo estabeleceu metas que deverão ser atingidas entre o período de 2008 e 2012, para que as emissões sejam reduzidas em 5% com relação aos níveis de 1990. Os compromissos devem ser alcançados pelos chamados Países do Anexo I, responsáveis pela maior quantidade de emissões dos GEEs no mundo. A redução da liberação dos gases nesses países tem um custo bastante elevado. Por isso, foi criado dentro do Protocolo de Quioto o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), no qual a redução das emissões e/ou o aumento remoções de CO2 por essas nações podem ser obtidos nos países em desenvolvimento, como o Brasil.

As regras para inclusão dos projetos relacionados com a remoção de CO2 ainda não estão definidas no MDL, mas a idéia é que sejam elaborados projetos ambientais em que a redução seja feita nos países em desenvolvimento e, em troca, as nações do Anexo I recebam os respectivos créditos de carbono. O diretor da Koblitz, José Roberto Faro, acredita que a venda de créditos de carbono através do MDL, mesmo sem possuir ainda uma regulamentação-padrão, já está em “um caminho sem volta”, movimentando a economia mundial e despertando o interesse de muitas empresas – fato que caracteriza a intenção das empresas e da sociedade em melhorar o ambiente do planeta, independentemente da formalização legal desse mecanismo.

No Brasil, mesmo com um mercado em formação, já existem alguns projetos realizados, como o da Usina Piratini C.G.D.E. Koblitz Energia S/A, no Rio Grande do Sul, que gera energia através da queima de resíduos de madeira. “Foi feito um projeto piloto de quatro meses em Piratini para a venda de crédito de 2.500 t de CO2 para o Canadá”, explica José Roberto.

CRÉDITOS MOVIMENTAM ECONOMIA MUNDIAL

Os maiores compradores de créditos do Brasil, hoje, são a Holanda e o Canadá. Segundo José Roberto, diretor de gestão corporativa da Koblitz, um dos “inibidores” do aumento de vendas de créditos de carbono no País é a incerteza regulatória, pois, devido a não-ratificação do Protocolo de Quioto, ainda não há regulamentação para emissão e comercialização desses créditos, assim como para sua tributação. “O Governo Brasileiro só definirá se os créditos de carbono são produtos ou serviços e o tratamento de impostos que dará à venda deles – inclusive se se trata de uma ‘exportação’ – quando da ratificação do Protocolo de Quioto”, revela.

Empresas de outros países nórdicos e dos EUA também já comercializam, em larga escala, os créditos de carbono no mercado mundial. No território brasileiro, a compra e a venda são feitas diretamente com a empresa, por intermédio de corretores ou pela Autoridade Nacional Competente (ANC) – um órgão instituído em 1999 pelo Governo Federal e que representa, praticamente, todos os ministérios para regularizar as comercializações.

Quando um país estrangeiro quer comprar, o governo brasileiro precisa fazer uma carta ratificadora, atestando que o projeto é legal e confiável, mas “reservando-se seu direito de aprová-lo quando critérios de elegibilidade para projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo forem de fato definidos”, explica José Roberto. Segundo ele, o Brasil pretende controlar mais esse mercado através do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas (Proinfa).

O valor da tonelada do CO2 é bastante variável. Para ilustrar, no País o preço fica entre US$ 3 e US$ 5, enquanto em países desenvolvidos pode alcançar até US$ 200. “Atualmente, a venda gera lucro para as empresas, que não precisam fazer nenhum investimento considerável para comercializar os créditos e ainda agregam valores econômicos significativos”, diz. Por outro lado, o diretor enfoca a importância de não se condicionar nenhum projeto à receita proveniente do crédito de carbono, porque não existe previsão do valor futuro. Na visão da Koblitz, apesar de haver uma perspectiva de que esse preço aumente bastante, o mercado “saturará” devido ao grande número de empreendimentos que poderão surgir. Assim, os empreendimentos que partirem na frente poderão ter vantagens significativas em relação aos mais conservadores.

FONTES ALTERNATIVAS – Dentre os projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), no Protocolo de Quioto, um dos que mais se destacam é o de geração de energia através de fontes alternativas. Com a necessidade de se reduzir a queima de combustíveis fósseis no planeta, a opção por projetos alternativos, como centrais a biomassa, Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e parques eólicos, seria uma saída para a redução das emissões de Gases de Efeito Estufa na atmosfera. Vale ressaltar que, do total de energia gerada no mundo, 90% é proveniente de combustíveis fósseis com enormes emissões de poluentes, cujo carbono, que estava “adormecido” no subsolo, é trazido de volta ao ambiente, aumentando a sua concentração. De olho no mercado de créditos de carbono e otimista de que o Protocolo de Quioto venha a vigorar em pouquíssimo tempo, a Koblitz acredita que as fontes renováveis contribuirão de forma significativa no processo da redução de CO2. Nesse contexto, as fontes alternativas de energia, tais como Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), geração a biomassa e eólica, terão um incremento significativo na matriz energética brasileira e mundial.

Países listados no Anexo I: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Belarus, Bulgária, Canadá, Comunidade Européia, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, EUA, Estônia, Federação Russa, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Japão,

Letônia, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Mônaco, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte, República Tcheca, Romênia, Suécia, Suíça, Turquia, Ucrânia.

KOBLITZ: COMPETÊNCIA NA HORA DE PRODUZIR ENERGIA

Com 28 anos de trajetória, a Koblitz, empresa cem por cento nacional, é reconhecida nacional e internacionalmente no mercado de geração e co-geração de energia. Destaca-se por buscar soluções no setor energético, atuando nas áreas de desenvolvimento, instalação, operação e manutenção de sistemas avançados de energia no Brasil. Nos vários países da América Latina, onde também atua, é considerada uma das principais do ramo.

A companhia foi criada pelo engenheiro Luiz Otávio Koblitz com a intenção de trabalhar, primeiramente, com instalações elétricas, especializando-se, tempos depois, em sistemas de energia. A competência e a qualidade de seus serviços abriram caminhos e oportunidades para ampliar negócios e empreitadas. Conceituada e respeitada naquilo que faz, tem como alguns de seus clientes empresas renomadas, como a Tramontina, Ambev, Coca-Cola, Kaiser, Citrovita, CIV, Grupo Queiroz Galvão, Cimpor Brasil, Grupo Votorantim, Grupo Brennand e Gerdau.

Atualmente, conta com cerca de 300 funcionários que trabalham em suas duas unidades: na matriz no Recife, em Pernambuco, e na filial de Piracicaba, em São Paulo. Pelo seu desempenho e pela qualidade de seus painéis elétricos, foi a primeira empresa especializada em sistemas de energia no País a receber o certificado ISO 9001. Hoje produz todo tipo de painel eletroeletrônico e está pronta para atender às necessidades do mercado.

A Koblitz também executa sistemas de subestações digitalizadas, que sugerem as melhores oportunidades de ganhos de eficiência energética e integridade profissional e financeira, para garantir aos seus clientes o fornecimento da melhor solução de custo–benefício, nos prazos acordados, com a qualidade de sempre e com assistência a qualquer hora e lugar, de acordo com a necessidade do cliente.

Com a ampliação do ramo de atuação nos últimos 10 anos, a Koblitz dividiu seus trabalhos em dois mercados: o industrial – que compreende os segmentos de açúcar e álcool, alimentos, bebidas, cimento, PIE (Produtores Independentes de Energia), madeira, óleos vegetais, papel/celulose, química, cerâmica, siderurgia/metalurgia, têxtil, eletromecânica e farmacêutica – e o comercial – que abrange as centrais distritais, edifícios comerciais, frigoríficos, hospitais, hotéis e shoppings centers. Em seu currículo, a Koblitz consolida um total de mais de 1.000.000 kW instalados em projetos de geração e co-geração de energia, subestações de alta tensão e instalação de empresas geradoras.

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