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Japão quer impulsionar negociações do regime de emissões de gases do efeito estufa

O Japão está decidido a impulsionar as negociações do regime de emissões de gases de efeito estufa pós Protocolo de Quioto. Os novos parâmetros, em debate na Organização das Nações Unidas (ONU), estão entre os temas propostos pelo governo japonês para a reunião anual do G8, que começa hoje (7) na Ilha de Hokkaido. Também estarão no centro da Reunião dos Líderes das Grandes Economias sobre Mudança do Clima, na próxima quarta-feira (9), com participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva .

As mudanças climáticas foram o tema principal da cúpula de 2007, na cidade alemã de Heilligendamm. Na ocasião, Japão, Canadá e União Européia (que, como bloco, não integra o G8, mas participa das reuniões como convidado especial) defenderam a redução das emissões em 50% até 2050. A proposta deve voltar aos debates em Hokkaido.

O Japão defende que três princípios sejam considerados na definição dos parâmetros pós 2012: flexibilidade e diversidade; compatibilidade entre proteção ambiental e crescimento econômico através da conservação de energia e outras tecnologias e a participação de todos os grandes emissores de gases de efeito estufa, incluindo os países em desenvolvimento.

Para incentivar os países em desenvolvimento, o Japão destinará US$ 10 bilhões, nos próximos cinco anos, para assistência em ações voltadas à redução das emissões de gases de efeito estufa. A iniciativa, chamada de Parceria para o Esfriamento da Terra, foi anunciada durante o Fórum Econômico Mundial deste ano, em Davos, na Suíça.

O país também se propõe a incentivar a produção sustentável de biocombustíveis. No começo de junho, na Conferência de Alto Nível da FAO, em Roma, o primeiro-ministro japonês Yasuo Fukuda fez um apelo para que sejam aceleradas as pesquisas sobre biocombustíveis de segunda geração – fabricados a partir de matérias-primas que não podem ser usadas como alimento – de forma que a produção desse tipo de energia não comprometa a segurança alimentar do planeta.

Já está em desenvolvimento, pelo governo japonês, projeto para a futura produção de etanol a partir da celulose. Na semana passada, em Brasília, o Instituto de Ciência e Tecnologia do Japão firmou acordo com a Universidade Federal do Rio de Janeiro para pesquisa técnica na área de biomassa. Na mesma ocasião, o governo japonês anunciou a intenção de ampliar a compra de bioetanol do Brasil – a brasileira Copersucar e a japonesa Japan Biofuels Supply LLP fecharam negócio para venda de 200 milhões de litros de etanol brasileiro ao país asiático.

O Japão depende 100% dos combustíveis fósseis – 99,8% importados – e pretende reduzir essa dependência em 80% até 2030.

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