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Japão intensifica negócios com Porto de Paranaguá

Depois dos coreanos, chegou a vez dos japoneses mostrarem interesse na importação de álcool combustível do Brasil. Para isso, o País deverá contar com estruturas como as que os portos de Paranaguá e Antonina (Paraná) terão em breve, conforme afirmou o superintendente da APPA (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), Eduardo Requião. Em reunião no gabinete do dirigente portuário, empresários de Tókio mostraram grande interesse pelos projetos apresentados pelo Superintendente da APPA, que prevêem a instalação de terminais públicos exclusivos para operações com granéis líquidos nos dois portos paranaenses, que se somarão aos privados já existentes.

“Compartilhamos o esforço do Paraná em exportar mais álcool combustível. Já estivemos com o governador Roberto Requião e outros governadores brasileiros discutindo o incremento neste setor. O que posso dizer é que estamos prontos para esta ação imediata”, declarou o superintendente da APPA.

A emissão de gases poluentes dos veículos japoneses está obrigando o governo daquele país a adotar a mistura de álcool combustível na gasolina e no diesel como forma de diminuir o impacto ambiental. O Japão aprovou uma mistura inicial de 3% de álcool na gasolina, o que corresponde a 1,8 bilhão de litros de álcool combustível misturados num universo de 60 bilhões de litros de gasolina consumidos por ano pelos japoneses. “O volume da mistura é praticamente toda a produção do Paraná, que hoje chega a 1,2 bilhão de litros, e com essas informações poderemos intensificar nossas operações enfocando o processo da mistura. Vamos nos esforçar para que esta negociação tenha êxito”, revelou Requião.

O superintendente disse ainda que o comércio com países asiáticos tem prosperado a exemplo das exportações de soja, que terá a sua totalidade exportada pelo Porto de Paranaguá (6 milhões de toneladas) com destino a China. “A qualidade do produto embarcado e a garantia do não embarque de soja transgênica contribuíram para o fechamento deste importante acordo, reforçado pela lei estadual que faz do Paraná área livre dos transgênicos. A garantia do não embarque de transgênicos não é só do Porto. A garantia da fiscalização é do Estado do Paraná, onde transgênico não pode ser plantado, comercializado e embarcado. Esta é a determinação do Governo e o Porto vai cumprir esta determinação. Faremos o possível com a Claspar e com os nossos classificadores para impedir qualquer pessoa que tente burlar esta determinação do Estado. O embarque é crime e o crime precisa ser punido”, finalizou Requião.

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