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Janeiro é o mais seco dos últimos 9 anos em Ribeirão Preto

Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) teve em janeiro o menor índice de chuvas para o mês nos últimos nove anos.

Segundo dados do IAC (Instituto Agronômico de Campinas), a cidade registrou só 105,8 milímetros de chuvas no mês que acaba nesta sexta-feira (31).

Apesar de ter registrado chuvas em 15 dias, o volume acumulado em Ribeirão neste mês só supera o índice de 2005, o mais seco desde quando o instituto iniciou a medição na cidade (1992).

Naquele ano, foram registrados 50,2 milímetros.

O volume deste último mês é 64% inferior ao do mesmo período de 2013, que registrou 292 milímetros.

Segundo a Defesa Civil do Estado -que também registra o índice pluviométrico-, a média histórica da cidade está longe de ser atingida: 308,7 milímetros. Para o órgão, janeiro acumulou 88,8.

A falta de chuva não é, no entanto, um problema exclusivo da cidade. O sistema Cantareira, que abastece de água a região metropolitana de São Paulo, atingiu nesta semana o nível mais baixo dos últimos dez anos.

Segundo sistema tinha só 22,9% da capacidade do a Sabesp, na terça-feira (28), o que é considerado crítico. O motivo é a falta de chuvas -é o terceiro verão seguido com chuvas menores que o esperado.

Em Ribeirão Preto, nesta quinta-feira (30), nove bairros ficaram sem água. A prefeitura, no entanto, alegou que o motivo foi uma pane em bombas d´água.

O diretor do Daee (Departamento de Água e Energia Elétrica de São Paulo) em Ribeirão Preto, Carlos Alencastre, afirmou que o que traz problemas para a população é a deficiência do sistema de distribuição de água do município, que não suporta picos de consumo.

“As altas temperaturas e a seca provocam um aumento de até 30% no consumo. Como já há uma incapacidade de distribuição na cidade, falta água nas casas”, afirmou.

De acordo com ele, o baixo índice de chuvas não deveria afetar o abastecimento do município.

Como a região é abastecida por lençóis subterrâneos do aquífero Guarani, a captação não é afetada.

“O aquífero não é afetado por sazonalidades. Pode diminuir a recarga, mas isso só se refletirá daqui a muitos anos”, disse.

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