O Itaú será dono de 27% da Cosan Nove e, com isso, passará a deter, de maneira indireta, pouco mais de 10% do capital da Raízen. O banco acertou um aporte de R$ 4,11 bilhões na Cosan Nove — uma subsidiária da Cosan que concentra 39% do capital da empresa sucroenergética.
A operação faz parte das inúmeras movimentações corporativas e societárias relacionadas à compra de 4,9% da Vale pela Cosan, em outubro, em um negócio de R$ 17 bilhões. E um dos passos na arquitetura dessa transição era a criação de um veículo que passasse a concentrar parte das ações da Raízen.
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Pelo investimento, o Itaú passa a deter 27% da Cosan Nove que, por sua vez, é dona de 39% da Raízen. Na prática, portanto, o Itaú passa a ser dono de 10,5% da Raízen – o que indica que a transação foi feita a preços de mercado. A companhia é avaliada em torno de R$ 39 bilhões na B3.
A Shell, outra acionista de referência da Raízen, não teve sua participação alterada, permanecendo com 44% do capital da companhia; outros 12% continuam em livre negociação no mercado.
Itaú e Cosan firmaram um acordo de acionistas para estabelecer as regras de governança aplicáveis à subsidiária; em nota, o conglomerado informa que a operação não interfere em seus direitos políticos como co-controladora da Raízen — os termos pré-determinados com a Shell, assim, seguem inalterados.