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IPCA desacelera e registra alta de 0,10% em maio

A safra de cana-de-açúcar derrubou os preços do álcool e contribuiu para a redução do índice. A safra de cana-de-açúcar derrubou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio. Após sucessivos reajustes captados mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde julho, o litro de álcool ficou 11,06% mais barato. Com isso, o IPCA caiu à metade, passando de 0,21% em abril para 0,10% em maio, a menor taxa desde junho do ano passado.

Com o resultado, a inflação acumulada 1,75% nos cinco primeiros meses do ano e nos últimos 12 meses registra alta de 4,23%, ficando pela primeira vez no ano abaixo do centro da meta estabelecida pelo Banco Central para 2006, de 4,5%.

Para junho, a expectativa é de que a inflação medida pelo IPCA continue baixa, uma vez que o preço do álcool deve manter a trajetória de queda. Além disso, o índice captará a redução dos preços do gás encanado em São Paulo e do ônibus em Recife.

Em maio, houve deflação em quatro das onze regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE. São Paulo (–0,01%), Brasília (–0,25%), Goiânia (–0,25%) e Fortaleza (–0,30%) reduziram os preços médios no mês passado. O IPCA recuou no Rio de Janeiro, de 0,38% para 0,27% em maio. As únicas capitais que apresentaram aumento foram Recife (de 0,28% para 0,36%) e Salvador, com alta de 0,19% para 0,50%, a maior taxa do País.

Além do álcool combustível, outros produtos contribuíram para segurar a inflação, com redução ou desaceleração de preço em quase todos os grupos investigados. A variação de preço dos remédios passou de 2,03% em abril para 1,41% em maio. Da mesma forma, os artigos de vestuário, apesar da troca de estação, tiveram crescimento menor do que no mês anterior (de 1,18% para 0,90%). Assim como a energia elétrica (de 1,23% para 0,24%) e o condomínio (de 1,25% para 0,74%), que também cresceram menos.

Os preços dos alimentos também continuaram recuando em maio e ficaram em média 0,03% mais baratos em relação a abril. No mês passado o recuo foi maior, de –0,27%. A deflação mais branda ocorreu porque os preços do frango voltaram a subir no mês passado, com reajuste médio de 8,42%. Além do frango, subiram os preços das carnes (de –1,33% para 1,17%). Já o leite pasteurizado desacelerou de 3,21% para 1,40%.

INPC sobe 0,13%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou alta de 0,13% em maio, resultado próximo ao apurado em abril (0,12%). O acumulado do ano ficou em 1,13%, um terço do verificado em igual período do ano passado (3,39%). No acumulado dos últimos doze meses, a taxa ficou em 2,75%, também abaixo dos 3,34% relativos aos doze meses imediatamente anteriores. Em maio do ano passado, o índice havia ficado em 0,70%.

No mês passado, os produtos alimentícios tiveram queda de 0,12%, enquanto os não alimentícios aumentaram 0,23%. Sobre as regiões pesquisadas, o maior índice foi registrado em Salvador (0,48%). O menor resultado de maio, com deflação, foi verificado em Fortaleza (–0,48%) e Belo Horizonte (–0,11%).

IPC-S registra deflação

Na semana do dia 07 de junho, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) alcançou a menor taxa desde setembro do ano passado. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o indicador teve deflação de 0,28%, 0,09 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa divulgada na última semana. A principal contribuição para esta nova queda partiu do grupo alimentação, que registrou variação negativa de 1,38%.

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