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Investimento holandês no País será de US$ 1 bi até 2012

A ministra de Assuntos Econômicos e Energia da Holanda, Maria Van Der Houeven, anunciou que as 150 principais empresas holandesas instaladas no Brasil investirão US$ 1 bilhão no País até 2012. “Eu quero que novas empresas venham para o Brasil porque isso é importante para a Holanda. Aqui no Brasil, há muitos desafios como o pré-sal, a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016”, declarou Maria Van Der Houven, em visita a São Paulo ontem.

De fato, a meta adicional de investimento holandês é realizável. Segundo dados do Banco Central, de janeiro a julho deste ano, o investimento direto da Holanda para o Brasil somou US$ 2,484 bilhões no período, enquanto os investimentos brasileiros na Holanda somaram US$ 741 milhões no mesmo período.

Em sua visita ao Brasil, a ministra holandesa fez reuniões de negócios com a Petrobras e a Shell no Rio de Janeiro, além de outra reunião com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) em São Paulo.

“Há muitas oportunidades de negócios com foco em biocombustíveis”, declarou Houven.

Ela mencionou que a Holanda tem interesse no etanol brasileiro e ainda ontem visitou uma usina de cana-de-açúcar em Piracicaba, no interior paulista. Mas a ministra insistiu que deseja mais empresas brasileiras no território holandês. “Há poucas empresas brasileiras investindo na Holanda e 150 grandes empresas holandesas investido no Brasil, queremos equilibrar isso”, enfatizou Houven.

As empresas brasileiras atualmente instaladas na Holanda são: Petrobras, Braskem, Petroflex, Brasil Foods, Cutrale, Bertin, Copersucar, Samarco e Banco do Brasil.

O diretor-geral da Agência Neerlandesa de Atração de Investimentos (NFIA), Serv Wiemers, apresentou os incentivos aos empresários brasileiros. “As empresas brasileiras não pagam impostos sobre o primeiro terço das receitas, e nossa taxa de 25,5% é a menor da Europa”, disse.

Segundo Wiemers, a Holanda é a economia mais aberta da comunidade europeia e a taxa de impostos é menor em relação aos outros países: Reino Unido com 30%, Bélgica com 34%, França com 34,8% e Alemanha com 38,9%. “Nós queremos ser a porta de entrada do Brasil para a Europa. Temos 100 funcionários para dar informações financeiras e de legislação para os novos investidores”, ofereceu Wiemers.

O diretor destacou que a Holanda cresceu 2,1% no segundo trimestre, ante a média da Europa de 1,7% no mesmo período.

A ministra admitiu, no entanto, que a Holanda sofreu com a crise econômica em 2009. “Dependemos de exportações e temos de ter muito cuidado com a retirada de incentivos da economia a partir de agora”, observou Maria Van Der Houven.

Entre os interesses holandeses no Brasil, ela citou o fornecimento de equipamentos de alta tecnologia para a exploração do pré-sal; o gerenciamento do transporte e de ingressos para a Copa do Mundo e as Olimpíadas e até o fornecimento de grama sintética para estádios.

O cônsul-geral da Holanda no Brasil, Louis Piett, estimou que a atual corrente de comércio de 7 bilhões de euros entre os dois países deve crescer entre 6% e 7% ao ano nos próximos anos. “É uma expectativa após a queda de cerca de 10% no ano passado”.

Para efeito de comparação, de acordo com números da Secretária de Comércio Exterior (Secex), a corrente comercial caiu 23,7% entre 2008 para 2009, de US$ 11,957 bilhões para US$ 9,122 bilhões. Contudo, já apresentou recuperação de 28,15% nos primeiros oito meses de 2010, somando US$ 7,52 bilhões neste ano.

Desse montante, US$ 6,42 bilhões de exportações brasileiras e importações de US$ 1,9 bilhão.

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