O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Petrobras assinaram, nesta quinta-feira, 22, Acordo de Cooperação Técnica que institui Comissão Mista entre as duas instituições.
O objetivo é produzir sinergia em quatro áreas prioritárias: desenvolvimento produtivo e inovação; transição energética e descarbonização; planejamento e estudos; e governança corporativa.
O acordo tem vigência de dois anos, podendo ser prorrogado por igual período. A comissão será formada por subcomissões temáticas, dedicadas a cada um dos quatro focos do Acordo e responsáveis por realizar estudos técnicos e estratégicos, identificar oportunidades de negócio e avaliar a viabilidade comercial, financeira, regulatória, legal e técnica dessas eventuais oportunidades.
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A subcomissão de desenvolvimento produtivo e inovação, por exemplo, terá, por escopo, fortalecer a cadeia de fornecedores estratégicos e pequenos e médios fornecedores da cadeia de O&G. Também buscará viabilizar a utilização dos gastos obrigatórios da renda petroleira em P&D e inovação.
A subcomissão de transição energética e descarbonização, por sua vez, avaliará medidas operacionais que visem reduzir as emissões de carbono de operadores, refinadores e fornecedores da cadeia de óleo e gás. O objetivo é fortalecer biorefino, biofertilizantes, biodiesel e biogás.
“Daqui para a frente, a Petrobras tem um banco parceiro, presente, com uma equipe dedicada só para pensar e fortalecer a empresa”, discursou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, durante a cerimônia de assinatura do documento.
“As duas instituições nasceram juntas e caminharam juntas nesses 71 anos. Elas têm a mesma história, e o BNDES tem um papel importante de parceiro dessa gigantesca realização da Petrobras no desenvolvimento do Brasil”, completou.
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Mercadante destacou a transição energética como uma área em que o BNDES pode contribuir: “A matriz energética limpa é o futuro. A perspectiva de ampliação do escopo da Petrobras e pensar novas dimensões da empresa na área de energia é algo com que o BNDES tem expertise e pode contribuir”, afirmou, lembrando a centralidade do banco no financiamento e desenvolvimento das matrizes energéticas eólica e solar no Brasil.
“Hoje temos pouco mais de 7% das ações da Petrobras. Em um ano e três meses, recebemos R$ 20,5 bilhões de dividendos da empresa, praticamente o capital investido. Mas, mais do que receber dividendos, queremos financiar a transição energética da empresa”, concluiu.
Para o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a Comissão Mista é um novo capítulo do que classificou como uma parceria antiga. “Mais uma vez, o BNDES e Petrobras têm a oportunidade de ajudar a formar os caminhos que o país irá trilhar nos próximos anos, agora focando em pesquisa científica, fontes de energia mais sustentáveis e integridade para fortalecer toda a cadeia de óleo e gás”, celebrou.