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Infra-estrutura é condição para crescimento

Apesar do grande esforço empreendido pelo Ceará para alavancar a sua economia nas últimas décadas, via uma política agressiva de atração de investimentos, a continuidade desse processo está fortemente condicionada ao fortalecimento da infra-estrutura ofertada pelo Estado.

Gargalos como a necessidade de produção energética própria — notadamente através de fontes alternativas, como energia eólica e solar —, pelo Ceará ser um Estado eminentemente importador; aumento da disponibilidade de gás natural; péssimas condições da malha rodoviária e uma maior cobertura de saneamento básico são exemplos que ainda aparecem como carências do setor no Estado e que inibem o seu crescimento econômico.

A conclusão faz parte do estudo “Infra-estrutura do Nordeste: estágio atual e possibilidades de investimentos” — focando áreas como energia, transportes, telecomunicações e saneamento básico —, realizado pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene).

Visando resolver algumas das carências de infra-estrutura no Ceará, o estudo elencou projetos em vias de implantação, tanto pelo governo estadual como pelo governo federal, identificados junto aos órgãos oficiais, que totalizam R$ 2,469 bilhões. São obras a exemplo de rodovias, pequenas hidrelétricas, gasodutos, usinas eólicas, perímetros de irrigação e programas de saneamento.

Segundo o especialista em Políticas de Desenvolvimento, José Carlos Aziz Ary, o documento foi elaborado ante a preocupação demonstrada pelos técnicos da instituição com os problemas de infra-estrutura e os impactos que estes exercem sobre o crescimento econômico, atuando como limitadores do desenvolvimento do Estado e do País.

Conforme o estudo, o maior de todos os problemas é a indisponibilidade de recursos públicos suficientes para investimentos no setor, seja pela simples falta de capital, seja pela necessidade de cumprimento das metas de superávit primário e dos parâmetros estabelecidos na Lei de Responsabilidade Fiscal, limitando os investimentos.

Para driblar a questão, o documento aponta a criação de Parcerias Público-Privadas (PPPs), no sentido que estas facilitam a participação de empresas privadas na construção e recuperação de componentes de infra-estrutura.

De acordo com ele, com a conclusão do estudo, a idéia agora é viabilizar um seminário reunindo representantes do setor público e do setor privado interessados em investimentos em infra-estrutura, na modalidade de PPPs.

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