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Inflação medida pelo IPC da Fipe fecha o ano acima de 8%

O município de São Paulo encerrou o primeiro ano do governo Lula com inflação acumulada de 8,17%, segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

O número oficial será divulgado no final da manhã pela Fipe e pode sofrer algum ajuste de arredondamento.

A taxa, embora alta, é inferior a registrada em 2002, ano da sucessão presidencial, quando a inflação atingiu 9,9%.

Somente no primeiro trimestre de 2003 a inflação de São Paulo chegou a 4,54%. Reajuste dos combustíveis, aumento das tarifas de ônibus, alta do dólar ocorrida principalmente no ano anterior e elevação inesperada dos hortifrutigranjeiros foram os fatores que mais contribuíram com a alta de preços no período.

A maior taxa de inflação do ano foi registrada em janeiro (+2,19%), que superou a de dezembro de 2002 (+1,83%). A partir de fevereiro, porém, os preços começaram a declinar, chegando a registrar deflação em junho (-0,16%) e julho (-0,08%).

Esse movimento foi resultado de uma economia desaquecida, após uma política monetária apertada durante o governo Fernando Henrique Cardoso e mantida no início da gestão Lula.

Contas de luz e Mega Sena

Em agosto (+0,63) e setembro (+0,84%) os preços voltaram a subir, “puxados” por reajustes nas tarifas de energia elétrica, telefone, água e esgoto e pela da antecipação da entressafra de carne.

A tendência de queda dos preços foi retomada em outubro, quando o IPC recuou para 0,63% em São Paulo. Novembro teve taxa de 0,27% e, dezembro, de 0,42%.

Um dos fatores que mais influenciou a inflação em novembro e no começo de dezembro foi o reajuste nos valores das apostas das loterias da CEF (Caixa Econômica Federal), que chegou a 50% no caso da Mega Sena –de R$ 1 para R$ 1,50.

Previsões

No início do ano passado, a Fipe chegou a projetar inflação de 7% para 2003, mas elevou suas estimativas para 9% em fevereiro, após o índice daquele mês superar as expectativas e chegar a 1,61%.

Em junho, porém, quando o IPC registrou deflação de 0,16% e o dólar recuou mais de 4%, a fundação baixou para 8,5% a estimativa de inflação para o ano. A previsão de taxa foi reduzida novamente depois para 7%.

Em setembro, a inflação voltou a subir e ficou em 0,84% e a Fipe passou a apostar em uma taxa acumulada para o ano próxima de 8%, estimativa que foi mantida até o final de 2003.

Os outros índices de inflação em 2003 já divulgados foram: IGP-M (8,71%) e IPCA-15 (9,86%).

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