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Indústrias de cana, celulose, mineração e petróleo assinam na COP28 acordo para reduzir pegada de carbono

Documento apresenta 17 ações a serem adotadas pelos setores, como a regulamentação do pagamento por serviços ambientais e fomento do mercado voluntário de carbono

Indústrias de cana, celulose, mineração e petróleo assinam na COP28 acordo para reduzir pegada de carbono

As associações que representam as indústrias de cana-de-açúcar e bioenergia, papel e celulose, mineração e petróleo e gás assinaram hoje em Dubai um acordo para reduzir a intensidade de carbono de suas emissões.

Em um compromisso que inclui 17 ações, o documento foi firmado em meio às discussões da COP-28 pela União da Indústria de Cana-de-açúcar e Bioenergia (UNICA), Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) e Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).

A ideia é melhorar o desempenho energético das operações de todas as cadeias de valor e fomentar a adoção de alternativas mais eficientes, tendo como foco o cliente final. Entre as iniciativas, os setores se comprometem a consolidar a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) e o mercado de créditos de carbono.

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“As soluções para a transição energética passam por um processo de integração. O que fizemos hoje foi exatamente unir forças de setores que possuem grandes sinergias. E é o que continuaremos fazendo nas próximas décadas, pois as oportunidades são inúmeras”, disse Evandro Gussi, presidente da UNICA.

Entre as possíveis sinergias está a possibilidade de a indústria de biocombustíveis ajudar a reduzir a pegada de carbono do setor de gás natural, por meio do uso compartilhado de dutos, que poderiam ser compartilhados com o biometano.

Já as usinas de etanol de milho poderiam utilizar a biomassa gerada pela indústria de papel e celulose para abastecer suas caldeiras e superar um dos gargalos do setor. Na mineração, as empresas poderiam ter acesso a uma energia que contribua para descarbonizar o processo mineral.