O aumento da demanda de etanol no país não foi suficiente para modificar a situação das indústrias de base. A falta de linhas de financiamentos e a concorrência com produtos importados preocupam o setor, que deve enfrentar problemas ao longo de 2015. A maior parte dos insumos necessários para produzir os equipamentos para o setor de etanol encareceu. Na Caldema, indústria que produz caldeiras, o custo de produção subiu 10% neste ano, enquanto os pedidos tiveram uma redução de quase 60% na última entressafra, que vai de dezembro a março. Para reduzir a dependência do setor sucroalcooleiro, a empresa decidiu nos últimos anos investir na abertura de novos mercados. Atualmente, os segmentos de mineração, celulose e petroquímico já representam quase 20% do faturamento mensal da Caldema.
No ano passado, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do governo federal (Caged), foram registrados quase 2,5 mil postos de trabalho a menos nas indústrias de base da região de Sertãozinho, no interior paulista. Em 2015, o aumento do consumo de etanol não foi suficiente para aliviar a crise financeira do setor, e o balanço do primeiro semestre continua negativo. Uma das estratégias adotadas pelas empresas diante da fraca demanda por equipamentos novos são os serviços de manutenção, conhecidos como Retrofit. O objetivo é melhorar a eficiência energética de caldeiras antigas, com mais de 30 anos de fabricação.
Fonte: (Canal Rural)