Indústria

Indústria de máquinas aumenta receita, mas projeta piora no setor

Indústria paulista: setor revela expectativas sobre o mercado externo
Indústria paulista: setor revela expectativas sobre o mercado externo

O faturamento da indústria de bens de capital mecânico registrou aumento de 4,5% nos primeiros quatro meses de 2015 na comparação com o mesmo período do ano passado. No entanto, comparando abril deste ano com o mesmo mês de 2014, houve queda de 6,2%. A receita em abril apresentou queda em relação ao mês anterior – março de 2015 – com 14,6% a menos de faturamento. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Receita em abril apresentou queda em relação ao mês anterior

Para a associação, o efeito do câmbio nas exportações ajudam a manter uma aparente estabilidade no faturamento. A queda nos últimos dois meses nas vendas no mercado interno e na exportação levaram a entidade a projetar, para o ano de 2015, uma nova redução do faturamento do setor pelo terceiro ano consecutivo.

A Abimaq afirmou que a instabilidade da economia dificulta a elaboração das projeções, mas que abril indicaria um desempenho do faturamento abaixo de 2014 e que haveria uma queda na produção e na venda da indústria.

Os principais destinos das exportações brasileiras de máquinas e equipamentos são América Latina, Estados Unidos e Europa. As exportações para a América Latina registraram queda a partir de 2011, mas no primeiro quadrimestre de 2015 apresentaram aumento de 2,4%, quando comparadas com o ano de 2014, o que é considerado crescimento leve pela Abimaq.

O total das exportações registrou queda de 15,6% de janeiro a abril deste ano em relação ao mesmo período de 2014. Na importação, houve queda de 16,6% referente ao mesmo período de comparação.

Segundo a associação, a queda “é coerente com o ambiente recessivo na indústria brasileira de transformação”. A Abimaq atribui também os números ruins ao ajuste fiscal do governo federal.

Sobre os empregos no setor, a tendência é de queda. A partir de 2011, o número de funcionários mostra um declínio que se acentua em 2015. Nos últimos doze meses, de abril de 2014 até abril deste ano, a queda foi de 4,5%, o que representa 22.430 postos de trabalho.

(Fonte: Agência Brasil)