Açúcar e etanol

Projeto combustível do futuro ganha destaque no CITI ISO DATAGRO NY

A 17ª edição do CITI ISO DATAGRO NY Sugar & Ethanol Conference, realizada nesta quarta-feira (8), trouxe à tona debates cruciais sobre o futuro energético global

Projeto combustível do futuro ganha destaque no CITI ISO DATAGRO NY

A 17ª edição do CITI ISO DATAGRO NY Sugar & Ethanol Conference, realizada nesta quarta-feira (8), trouxe à tona debates cruciais sobre o futuro energético global sob o tema “Políticas públicas para a transição energética”. Um dos pontos centrais das discussões foi o papel do Brasil na liderança da transição para fontes de energia mais sustentáveis, destacado pelo deputado federal Arnaldo Jardim, relator do projeto Combustível do Futuro.

Jardim ressaltou a solidez do ambiente regulatório brasileiro como um fator fundamental para atrair investimentos e garantir estabilidade no setor energético. O Projeto de Lei 528/20, por ele relatado, ganhou destaque, uma vez que cria programas nacionais para diesel verde, combustível sustentável para aviação e biometano, além de propor o aumento das misturas de etanol e biodiesel na gasolina e no diesel.

O deputado enfatizou que essa legislação vai além de uma estratégia pontual, sendo uma política de Estado que coloca o Brasil como pioneiro na transição para uma matriz energética mais limpa. O país, segundo Jardim, tem potencial para servir de exemplo inspirador para outras nações que buscam reduzir sua dependência de combustíveis fósseis.

“O Combustível do Futuro constitui-se num exemplo daquilo que tentei reiterar, trata-se de uma estratégia de nação, consolidada como política de Estado. O pioneirismo do Brasil servirá de exemplo para outros países”, disse o palamentar.

Além do Projeto de Lei 528/20, outras iniciativas foram discutidas durante o evento, como o Programa Mover e o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), demonstrando o compromisso do Brasil com a sustentabilidade e a inovação no setor energético.

Paralelamente às discussões sobre as políticas brasileiras, a conferência também destacou o papel da América Latina na produção de etanol e nas políticas de descarbonização. Representantes do México, Guatemala e Peru compartilharam suas experiências e planos para o futuro, mostrando o potencial da região para liderar a transição global para energias renováveis.

No México, por exemplo, a indústria sucroenergética é responsável pela criação de quase 500 mil empregos diretos e tem sido um protagonista importante na promoção da sustentabilidade ambiental. O país visa aumentar a produção de biocombustíveis, incluindo o combustível de aviação sustentável (SAF), como parte de sua estratégia de transição energética.

Na Guatemala, a experiência do Brasil no setor de biocombustíveis tem sido uma fonte de inspiração para impulsionar a produção de etanol a partir da cana-de-açúcar. O país também planeja adotar a mistura de etanol na gasolina como uma medida para reduzir as emissões de carbono.

Já no Peru, além do uso de etanol, o país está explorando alternativas como os veículos elétricos como parte de sua estratégia de descarbonização. Os representantes peruanos enfatizaram a importância da comunicação com o público para promover essas iniciativas e destacar os benefícios ambientais e econômicos das energias renováveis.

A conferência evidenciou a urgência e a viabilidade da transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável. “Com o Brasil e outros países da América Latina liderando o caminho, há esperança de que a região possa se tornar um exemplo global na luta contra as mudanças climáticas e na promoção de um futuro energético mais verde e resiliente” foi a mensagem do dia.

(Fotos: Divulgação DATAGRO)