Etanol

Nordeste deve ganhar primeira biorrefinaria de bambu para etanol 2G das Américas

Projeto de biorrefinaria de bambu para etanol 2G é da brasileira 4WOOD Biotech

A 4WOOD Biotech, empresa brasileira do setor de bioeconomia, com sede em Joinville (SP), acaba de concluir os estudos de pré-viabilidade para implantação da primeira biorrefinaria das Américas dedicada à conversão industrial de bambu em etanol de segunda geração (E2G) e bioprodutos de alto valor agregado.

Segundo a assessoria da empresa, o projeto agora avança para a etapa de estudos finais de viabilidade técnica, econômica e ambiental.

Leia a seguir destaques do projeto da biorrefinaria de conversão de bambu em etanol:

  • A pioneira biorrefinaria E2G deverá ser construída no Nordeste, utilizando 450 mil toneladas de bambu por ano.
  • O valor do investimento e a capacidade de produção da unidade serão definidos após a conclusão de todos os estudos necessários.
  • Cada tonelada de bambu poderá ser convertida entre 250 a 280 litros de etanol 2G.
  • Sob a liderança de Almir Maestri e de Luismar Porto, Ph.D., a iniciativa aposta em um modelo baseado no aproveitamento integral da biomassa de bambu.
  • A planta utilizará a tecnologia exclusiva da empresa finlandesa Chempolis, a única no mundo validada em escala comercial com capacidade de produzir simultaneamente, a partir de biomassa lignocelulósica, etanol de segunda geração (E2G), furfural, ácido acético e lignina de alta pureza, livre de enxofre. Esse diferencial posiciona o projeto como um marco para a indústria de base renovável no Brasil e na América Latina.
  • O bambu foi escolhido como matéria-prima por seu elevado rendimento, por ser uma biomassa não alimentar, com baixo índice ILUC (mudança indireta no uso da terra), e por suas características agronômicas excepcionais: além de se desenvolver bem em áreas degradadas, sua alta capacidade de rebrota elimina a necessidade de replantio após cada corte, o que reduz custos e impactos ambientais.
  • Seu cultivo também representa uma oportunidade concreta de geração de renda para agricultores familiares, promovendo inclusão produtiva no campo.
  • “O uso do bambu abre uma nova fronteira para a bioeconomia brasileira, com potencial de gerar valor industrial, estimular cadeias produtivas locais e contribuir para uma transição efetiva rumo a uma economia de baixo carbono”, destaca a 4WOOD Biotech.
  • Além da Chempolis, o projeto da 4WOOD Biotech articula um consórcio altamente qualificado, garantindo robustez para sua implantação, a exemplo do SENAI-RJ.
  • Os Institutos SENAI de Inovação / unidades EMBRAPII podem contribuir com estudos de laboratório, modelagem de processos e avaliações de sustentabilidade, fortalecendo a ponte entre a ciência aplicada, a inovação industrial e as ações contínuas de P&D.
  • A empresa está em processo de articulação com instituições de fomento e investidores estratégicos, com início de implantação previsto para 2026.
Delcy Mac Cruz

Editor

Editor do JornalCana

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