O Ministério de Minas e Energia (MME) destacou o papel do etanol na agenda de descarbonização do Brasil durante participação no Painel Magno do 17º Congresso Nacional da Bioenergia, em Araçatuba -SP, nesta terça-feira (2). O evento, organizado pela União Nacional da Bioenergia (UDOP), reúne profissionais de usinas e destilarias, pesquisadores, autoridades do setor energético e outros públicos de interesse para dois dias de discussão sobre temas que envolvem transição energética, meio ambiente e tecnologia.
Representando o ministro Alexandre Silveira no evento, o diretor do Departamento de Biocombustíveis do MME, Marlon Arraes, ressaltou como a pluralidade do etanol pode ajudar o Brasil. “O enfrentamento às questões climáticas vem como um chamamento para a transição energética. E o etanol é, em nossa opinião, o biocombustível mais versátil do mundo, já que não é apenas um vetor para a descarbonização do setor rodoviário, mas também uma alternativa para os setores marítimo e aéreo”, afirmou.
De acordo com o Balanço Energético Nacional (BEN) 2024 – elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em parceria com o Ministério de Minas e Energia (MME), o Brasil tem aumentado a diversificação de matérias-primas nos biocombustíveis. Só a produção de etanol a partir do milho cresceu, no último ano, alcançando 16% de participação na produção do biocombustível, tanto no etanol anidro como no hidratado. Os dados refletem os esforços contínuos para diversificar a matriz energética e aumentar a sustentabilidade do setor.
“O crescimento dessa participação na nossa matriz energética só confirma que estamos avançando nas políticas públicas para o fomento dos combustíveis limpos, na agenda de sustentabilidade e na geração de emprego e oportunidades a partir da transição energética. Ao aprovarmos o PL Combustível do Futuro, estaremos pavimentando a estrada que vai viabilizar a descarbonização do Brasil e do mundo”, destacou o ministro Alexandre Silveira.
O PL do Combustível do Futuro (528/2020) estabelece novos percentuais mínimos e máximos para a mistura do etanol à gasolina C, vendida aos consumidores em postos do país. Caberá ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) avaliar a viabilidade das metas de aumento da mistura, podendo reduzir ou aumentar o percentual entre os limites de 22% e 35% para a mistura de etanol à gasolina. A medida contribui para a redução da dependência de combustíveis fósseis