Foi adiada a plenária da Câmara do Comércio Exterior (Camex), do Governo federal, que avaliaria a proposta de taxação de 17% do etanol importado. A plenária estava marcada para 25/07.
É o segundo adiamento da plenária. Inicialmente, a proposta era para ter sido votada no começo de julho, mas a votação foi adiada pelo Ministério da Fazenda para 25/07, conforme apurou o JornalCana.
A próxima reunião está prevista para os próximos 30 dias e deverá analisar a proposta de criação de cota de importação de 500 mil toneladas de etanol por ano com imposto zero. Cotas acima desse montante serão taxadas em 20%.
A taxação do biocombustível é reivindicada pelo setor sucroenergético brasileiro, afetado pelo etanol importado principalmente dos Estados Unidos.
Segundo Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar-Pernambuco, apenas nos primeiros quatro meses de 2017 entraram no Brasil cerca de 900 milhões de litros de etanol.
“Estão procurando tomar o nosso mercado de etanol”, disparou Cunha em entrevista ao JornalCana. Clique aqui para ler a entrevista com o presidente do Sindaçúcar-PE.
Cunha explica que a maioria do etanol importado chega ao Brasil por meio de portos de estados das regiões Norte e Nordeste do País. “São portos modernos, com boa tancagem, automatizados, como é o caso do Porto do Itaqui, no Maranhão, e o de Suape, em Pernambuco”, comenta.
Concorrência
O volume de etanol importado esse ano já é superior em mais de 400% quando comparado ao mesmo período de 2016.
“Sendo que o etanol no Brasil passou a ser onerado pelo PIS/Cofins desde o início do ano, sem desfrutar do aumento da CIDE na gasolina”, explica, em relato, o Fórum Nacional Sucroenergético (FNS).