A Coamo, em Campo Mourão, no Centro-Oeste do Paraná, inaugurou nesta sexta-feira (16), uma moderna fábrica de rações e fez o lançamento da pedra fundamental de uma planta de etanol de milho. O evento marca o início de dois empreendimentos ambiciosos que somam investimentos de R$ 178 milhões na fábrica de rações e R$ 1,67 bilhão na planta de etanol, que terá a capacidade de produzir 258 milhões de litros de biocombustível anualmente.
Com a concretização dessas iniciativas, que deverão gerar cerca de 500 empregos diretos, a Coamo avança na industrialização do milho de seus cooperados, complementando a atuação já consolidada na soja, café, trigo e algodão. Reconhecida como a maior cooperativa da América Latina e uma das pioneiras no Paraná, a Coamo possui aproximadamente 31 mil associados, com operações no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
Durante a cerimônia de inauguração, o governador do Paraná, Ratinho Junior, destacou a importância do empreendimento para o desenvolvimento regional. “Mais uma indústria que inauguramos no Interior do Estado, que ajuda a desenvolver toda a região, e já lançando uma indústria gigantesca, que terá investimento bilionário e vai ser uma das maiores plantas de etanol de milho do Brasil”, afirmou.
A fábrica de rações, que ocupa uma área de 6 mil metros quadrados, possui uma capacidade produtiva anual de 200 mil toneladas. Para garantir a qualidade dos produtos, a Coamo investiu em tecnologia de ponta, com equipamentos importados de um fornecedor suíço, que são responsáveis pela transformação dos grãos em ração.
“A inauguração da fábrica de ração e o início da construção da planta de etanol fazem parte do nosso planejamento de industrializar o milho, que era o último produto dos nossos cooperados que ainda não era processado”, explicou Aroldo Gallassini, presidente do Conselho de Administração da Coamo e da Credicoamo.
Planta de etanol
A planta de etanol, com inauguração prevista para o segundo semestre de 2026, será pioneira no Paraná ao utilizar o milho como matéria-prima. A unidade terá capacidade para produzir 765 metros cúbicos de etanol hidratado por dia, além de 510 toneladas de DDGS (farelo de milho) e aproximadamente 37,4 toneladas de óleo diariamente. A planta contará ainda com uma usina termelétrica capaz de gerar 30 MW de energia elétrica, suficiente para abastecer todo o parque industrial da Coamo em Campo Mourão.
“Temos um dos únicos parques industriais do mundo com tamanha diversidade de verticalização de produtos agrícolas. A indústria de etanol de milho está com o processo bastante adiantado de aquisição de equipamentos e será um marco, que vai mexer com esse mercado”, declarou Airton Galinari, presidente da Coamo.
Galinari também enfatizou o impacto econômico do projeto, ressaltando que a transformação do milho em biocombustível agregará valor ao produto, criando novas oportunidades de mercado. “Parte do milho que era ofertado como grão vai passar a ser processada, o que impacta na cadeia de preços, valorizando o produto, transformando em um novo negócio, chegando ao mercado de biocombustível”, concluiu.