EPE prevê queda na demanda por etanol hidratado em 2025

Neste ano, o biocombustível representará 45% do consumo dos combustíveis do ciclo Otto

EPE prevê queda na demanda por etanol hidratado em 2025

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) revisou suas previsões e agora antecipa uma redução no consumo de etanol hidratado em 2025.

Motivo da revisão: incertezas relacionadas aos efeitos a longo prazo da seca e dos incêndios nos canaviais neste ano.

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Queda na demanda

Previsão: em sua atualização bimestral divulgada na quarta-feira, 23, o órgão ligado ao Ministério de Minas e Energia (MME) estima uma queda de 2% na demanda.

Isso resulta em um consumo de 20,8 bilhões de litros.

Para efeitos comparativos, em agosto a expectativa era de um aumento de 0,9% para o mesmo ano.

Historicamente alto

Apesar da previsão negativa, o volume projetado ainda é historicamente alto, especialmente em comparação ao forte crescimento observado neste ano.

A EPE estima que o consumo de etanol hidratado encerrará 2024 com um crescimento de 17,4%, atingindo 21,3 bilhões de litros.

Vendas em alta

Entre janeiro e agosto, as vendas de etanol hidratado cresceram 25,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, com um aumento acumulado de 49% desde janeiro.

A migração dos motoristas de veículos flex para o biocombustível tem sido incentivada pelos preços competitivos do etanol em relação à gasolina.

Estoques

Esse aumento no consumo resultou na estabilização dos estoques, que estavam acima da média no início da safra.

De acordo com a EPE, os volumes armazenados em agosto se aproximaram dos níveis do ano passado.

Além disso, a EPE projetou que a demanda total por etanol, incluindo o anidro (usado como aditivo na gasolina), continuará a crescer em 2025, embora a um ritmo mais lento.

A expectativa é de um aumento de 8,5% na demanda total neste ano, alcançando 33,6 bilhões de litros, e um incremento de apenas 0,2% em 2025, totalizando 33,7 bilhões de litros.

Em 2024, o etanol, tanto anidro quanto hidratado, representará 45% do consumo dos combustíveis do ciclo Otto.

Para o mesmo ano, a EPE projeta um crescimento de 2,5% nesse segmento, e em 2025, um avanço de 2,6%, sustentados pelo aumento da renda média da população.