A tarde do primeiro dia da edição 2023 do Enase, o Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico, foi marcada pelo debate sobre como equacionar a demanda e ampliar o fornecimento de gás natural ao setor industrial.
No painel que inaugurou o espaço “Arena Enase”, estiveram Marcelo Lopes, diretor executivo de Comercialização, Marketing e Novos Negócios da Eneva; Guilherme Mattos, Head Business Development da Comgás; e Carolina von Cachmann, diretora da BW LNG.
Lopes iniciou o seminário defendendo duas prioridades: incentivar o aumento à oferta de gás e reforçar o papel do gás como fonte alternativa para a descarbonização de diversos segmentos da indústria, como a de transformação e de transporte.
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“Em um mercado já demandado, como o brasileiro, para reduzir preço é preciso incentivar a oferta, pois já existem diversos usos para o gás produzido no país. É interessante facilitar o aumento da oferta, seja por meio de políticas que garantam a estabilidade das regras para a exploração e produção de gás, seja por meio de políticas públicas que facilitem e favoreçam o aumento da oferta”, destacou Marcelo Lopes.
A redução das emissões de CO2 é uma necessidade que pode ser atendida agora, por meio do uso do gás como insumo, por exemplo, para auxiliar a indústria do transporte, como no segmento de caminhões, a diminuir a pegada de carbono. A Eneva entende que o gás pode tanto contribuir para democratizar o acesso em regiões ainda não atendidas pelo insumo como também substituir combustíveis fósseis mais poluentes.
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“Com a nossa operação Azulão-Jaguatirica na região Norte do país, conseguimos reduzir em cerca de 30% as emissões de CO2. Roraima substituiu o diesel pelo gás natural e já atinge esses níveis de redução de CO2”, afirmou Marcelo.
Mercado Livre
O tema do mercado livre foi avaliado sob a perspectiva de novos players. Marcelo acredita que a liberalização fomenta o crescimento de novos participantes, que trazem novas soluções, e aponta as dificuldades que precisam ser vencidas. “É preciso solucionar questões tributárias e garantir a efetiva regulamentação de uso das infraestruturas essenciais”, frisou.
Guilherme Mattos, head Business Development da Comgás, fez coro aos benefícios do mercado livre. “O mercado livre vai oferecer produtos que se adequam às diferentes características de consumo, que vai conseguir atender diferentes demandas, com maior quantidade de suprimentos, comercializadores e mais acesso às soluções de gás”, ressaltou Mattos.
Fotos ENASE 20 ANOS, por Tulio Thomé
