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Bagaço de cana vira asfalto no RJ

Bagaço de cana vira asfalto no RJ

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Muito famosa nos Estados Unidos, a mistura asfáltica do tipo SMA (Stone Matrix Asphalt) desenvolvida há 50 anos na Alemanha, ganhou uma versão verde no Brasil. Para substituir as fibras de celulose, que normalmente compõem a mistura, pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IFF), no Rio de Janeiro, desnvolveram um asfalto que utiliza o bagaço de cana-de-açúcar.

Cláudio Leal, um dos inventores do novo asfalto e o professor do IFF, revela que a técnica reduz o custo do material, além de aproveitar o bagaço de cana-de-açúcar antes descartado. “O bagaço é um recurso renovável e seu preparo exige apenas que ele seja seco e passado em uma peneira”, diz.

356 PLACA

A BR-356, que liga as cidades de Campos e São João da Barra, é a primeira a receber o produto, em um trecho experimental de cerca de 200 metros e começará a ser reformado nos próximos meses. Além da utilização do bagaço de cana-de-açúcar, o trecho terá outro recurso para reduzir o impacto ambiental: a reciclagem de pneus. A borracha será reutilizada no ligante asfáltico.

A função do componente na receita é impedir que o cimento asfáltico escorra durante o processo de mistura e aplicação. Por sua maior durabilidade e resistência, o asfalto SMA é recomendado para rodovias de tráfego intenso. No País, a primeira aplicação ocorreu nas pistas do autódromo de Interlagos.

Além do professor Cláudio Leal, participaram do projeto Bagaço de cana-de-açúcar como aditivo em misturas asfálticas do tipo SMA a professora Regina Paes de Aquino e o engenheiro Protásio Ferreira e Castro, da UFF. A pesquisa contou ainda com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). (Fonte: IFF)