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Indústria pode suprir demanda extra de álcool

A capacidade instalada da indústria de base para o setor sucroalcooleiro brasileiro é capaz de atender a um aumento de demanda de 4,3 bilhões de litros por ano em novas destilarias. É o que aponta o estudo O Novo Cenário e a Expansão do Setor Sucroalcooleiro do Brasil, feito pela Câmara Setorial do Açúcar e do Álcool e pela Dedini Indústrias de Base, empresa líder no setor

O volume é suficiente para atender com folga à procura pelo combustível no Brasil. A própria Câmara Setorial prevê que até 2010/2011, a demanda suba cerca de 2 bilhões de litros ao ano, em média, e salte de 16 bilhões para 26 bilhões de litros. Se toda a capacidade instalada na produção da indústria de base fosse utilizada, seria possível implantar 24 novas unidades de produção de etanol por ano, cada uma com capacidade de processamento de 2,16 milhões de toneladas de cana e produção de 180 milhões de litros de álcool

O documento estima que sejam instaladas e reativadas 73 novas unidades sucroalcooleiras entre as safras 2004/2005 e as 2010/2011, média de pouco mais de dez usinas ou destilarias por ano. Se os números forem confirmados, o parque industrial sucroalcooleiro saltaria das 343 usinas e destilarias para 416 em 2010/2011. Outras 49 plantas de produção de álcool e açúcar devem ser ampliadas, de acordo com a previsão. O investimento total no setor chegaria a R$ 21,5 bilhões, de acordo com a estimativa da Câmara Setorial

Desse valor, R$ 10,2 bilhões seriam para novas unidades, R$ 4,1 bi para ampliação das já existentes e R$ 7,2 bilhões na expansão da área agrícola. Para o presidente da Câmara Setorial do Açúcar e do Álcool, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, as estimativas feitas pelo órgão consultivo ao Ministério da Agricultura são conservadoras, pois não incluem possíveis aumentos na exportação de álcool para mercados compradores em potencial, como o Japão. “Mas o fundamental é lembrar que a indústria brasileira de base é capaz de suprir com tranqüilidade a demanda estimada em novas unidades”, afirmou Carvalho. Ele estima ainda que, só na futura produção de açúcar e álcool, as novas unidades devam gerar entre 300 mil e 400 mil empregos diretos.(AE)

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