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Indústria petrolífera lucra com alta de preços

LONDRES e NOVA YORK. Os altos preços do petróleo — que no segundo trimestre avançaram 33% frente ao mesmo período de 2005 — continuam alimentando os lucros elevados das empresas petrolíferas. Ontem, foi a vez de a anglo-holandesa Royal Dutch Shell e a americana Exxon Mobil divulgarem seus resultados do segundo trimestre. Esta semana, ConocoPhillips e British Petroleum (BP) também anunciaram alta nos ganhos.

O lucro líquido da Shell aumentou 36%, superando as expectativas do mercado, para US$ 6,3 bilhões. Analistas esperavam US$ 6,1 bilhões. A produção da empresa, porém, recuou 8%, de 3,315 milhões para 3,253 milhões de barris por dia.

A Exxon, a maior petrolífera do mundo, também registrou alta de 36% no lucro líquido, que atingiu US$ 10,36 bilhões no segundo trimestre, frente a US$ 7,64 bilhões no mesmo período de 2005. Este foi o segundo melhor resultado já obtido por uma empresa americana: o recorde é da própria Exxon, com US$ 10,7 bilhões no quarto trimestre de 2005.

O ganho de abril a junho deste ano, segundo o site CNNMoney, corresponde a US$ 1.318 por segundo. As vendas da empresa no período atingiram US$ 99 bilhões.

Na quarta-feira, a americana ConocoPhillips divulgou crescimento de 65% nos lucros do segundo trimestre, para US$ 5,19 bilhões. Suas vendas atingiram US$ 47,1 bilhões.

Oriente Médio e Nigéria influenciam petróleo

Já a britânica BP lucrou US$ 7,2 bilhões, alta de 30% em relação ao segundo trimestre de 2005. O jornal “The New York Times” afirmou na terça-feira que esse resultado corresponde a US$ 55 mil por minuto.

Para o trimestre corrente, as perspectivas para a indústria petrolífera são boas. Ontem, em Londres, o barril do petróleo Brent para entrega em setembro fechou em alta de 1,36%, para US$ 75,01. Em Nova York, o barril do leve americano avançou 0,81%, fechando a US$ 74,54.

Além dos conflitos no Oriente Médio, pesou no mercado a declaração da Shell de que não espera uma normalização em suas operações na Nigéria este ano. A produção diária do país, com capacidade de 3 milhões de barris, foi reduzida em um quarto este ano devido a atentados. A Shell é a maior operadora estrangeira na Nigéria.

Com essa perspectiva, a Exxon não tem planos de investir em fontes de energia renováveis, por falta de viabilidade econômica sem subsídios. O etanol é a única exceção.

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