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Indústria paulista apresenta estabilidade no mês de junho

No semestre, o nível de emprego cresceu 3,65%, com a geração de 75 mil vagas, de acordo com a Fiesp. O nível de emprego na indústria paulista ficou praticamente estável em junho na comparação com maio, registrando alta de 0,02%, pela série sem ajuste sazonal. Os dados foram divulgados ontem pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). No mês passado, foram criadas 500 novas vagas, ante as 15 mil de maio, quando o emprego aumentou 0,7% em relação a abril. No semestre, o nível de emprego cresceu 3,65%, com a geração de 75 mil postos de trabalho.

No entanto, de acordo com o diretor do departamento de pesquisas e estudos econômicos da Fiesp, Paulo Francini, não é possível comparar o primeiro semestre deste ano com o mesmo período de 2005, devido à recente mudança de metodologia da pesquisa. “Nossa sensação clara, se pudéssemos fazer isso, é que o resultado (dessazonalizado) seria negativo”, disse Francini. O diretor diz que o resultado só “vem confirmar o sinal de alerta do risco que está associado ao próprio crescimento da indústria. Não seria surpresa se mais para frente tivéssemos números negativos”, analisa.

Dos setores pesquisados pela Fiesp, seis apresentaram avanço, nove registraram desempenho negativo e seis segmentos tiveram crescimento estável. Entre os melhores desempenhos, destacam–se fabricação de máquinas para escritório (6,17%), seguido por fabricação de coque, refino de petróleo e elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool (3,34%). Segundo Francini, a expansão do mercado e maior formalização em máquinas para escritório, depois da redução das alíquotas de PIS-Cofins, favoreceu o setor.

Na ponta contrária, com retração nas contratações, figuram couro e fabricação de artefatos de couro, artigos de viagem e calçados (–1,89%) e fabricação de produtos de madeira (–1,69%). Francini atribui o fraco desempenho do emprego industrial à valorização do câmbio, que está destruindo vagas em setores intensivos em mão–de–obra. Couro e madeira, que eliminaram o maior número de vagas no mês passado, encontram-se entre os setores mais afetados pela perda de mercado externo e interno.

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