JornalCana

Indústria paulista abre 40 mil vagas

O início da safra de cana-de-açúcar no interior do estado impulsionou a geração de empregos na indústria paulista no mês de abril. De acordo com dados divulgados ontem pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o nível de emprego na indústria paulista cresceu 1,92% no mês passado em relação a março. Ao todo, em abril foram criados 40 mil postos de trabalho no setor. Nos quatro primeiros meses do ano, o nível de emprego da indústria paulista acumula alta de 2,88%, com 59.500 novas contratações.

No acumulado de 2006, o número de empregos abertos pela indústria supera em 11 mil o total de vagas abertas durante todo o ano de 2005, quando 48.419 postos foram criados, segundo a Fiesp.

— Este ano, o emprego na indústria será melhor que em 2005. Graças a Deus! — comemorou o diretor do Departamento Econômico da Fiesp, Paulo Francini.

Sondagem do nível de emprego realizada pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), que leva em conta 35 diferentes regiões do estado, confirma essa tendência de alta do emprego no setor.

Em abril, segundo o Ciesp, foram criadas 30.980 vagas no setor, o que correspondeu a um aumento de 1,48% sobre março. Desse total de novas vagas, de acordo com o Ciesp, 28.527 foram abertas pelas usinas de álcool e açúcar e pela indústria de alimentos.

O Ciesp leva em conta as informações de 1.932 empresas do estado, enquanto a Fiesp usa as informações de 46 sindicatos patronais. De janeiro a abril, pelas contas do Ciesp, o número de postos abertos supera os 46 mil (+2,2% em relação ao mesmo período de 2005). Dos 21 setores pesquisados, 14 apresentam desempenho positivo.

Ciesp: previsão de expansão de 4% para o PIB é medíocre

Francini, da Fiesp, observou que o emprego industrial, embora ainda esteja defasado em relação ao desempenho da produção do setor, que cresceu 8,6% de janeiro a março, deve fechar o ano com alta de 5%.

— Estamos nos conformando com muito pouco — rebateu o diretor do Departamento Econômico do Ciesp, Boris Tabacof.

Segundo Tabacof, as estimativas de um aumento do Produto Interno Bruto (PIB, o conjunto das riquezas produzidas no país) de 4% em 2006 são medíocres, se comparadas às expectativas de expansão de outros países emergentes.

— Mas estamos resignados. Será melhor que no ano passado — disse.

Inscreva-se e receba notificações de novas notícias!

você pode gostar também
Visit Us On FacebookVisit Us On YoutubeVisit Us On LinkedinVisit Us On Instagram