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Indústria do etanol dos EUA tenta se recuperar depois da grande seca

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Bob Dinneen, presidente do RFA (Associação dos Combustíveis Renováveis)

A seca que afetou os Estados Unidos em 2012, prejudicando grande parte da produção de milho do país, não atrapalhou as projeções da safra do grão para 2013, que deverá ser recorde, ficando em torno de 14 milhões de bushels, segundo dados divulgados pelo USDA ( Departamento de Agricultura).

Embora a ausência de chuvas permaneça em algumas regiões do meio-oeste americano, a situação é bem melhor e os produtores de milho estão otimistas que os estoques serão repostos. Para o presidente do RFA (Associação dos Combustíveis Renováveis), Bob Dinneen ainda é cedo para dar números, mas se o clima ficar dentro da normalidade nessa temporada, ele acredita que a previsão do USDA vá se confirmar.

Ao longo do ano passado os altos preços e o abastecimento apertado do milho colocaram a indústria numa situação difícil. Mas, segundo Dinneen há também outra razão para a crise, que é a demanda artificialmente contida. “Se pudermos fazer nosso mercado abrir um pouco mais e vender o combustível E15, algo mais alto que E10, então acho que veremos a produção de etanol voltar ao seu tamanho”, explicou.

De acordo com dados do RFA, no último ano 36 plantas de etanol optaram por diminuir ou até mesmo encerrar suas atividades, devido às baixas margens de lucro. “Fechamos, provavelmente, 15% de nossa capacidade de produção. Mas nem todas foram por causa da seca. Acredito que 24 dessas usinas tenham interrompido suas operações pelas condições atuais do mercado e as outras 12 em razão da seca”, afirmou.

Para 2013, a expectativa da indústria é otimista. A Agência de Proteção Ambiental (EPA) propôs um aumento na Norma de Combustíveis Renováveis para 2013 e haverá, portanto, maior demanda para o biocombustível. Dados da RFA apontam para uma produção de aproximadamente 14 bilhões de galões de etanol, em comparação com 13.3 bilhões de galões no ano passado. “Esperamos que os refinadores do país deem aos consumidores a opção de escolher a mistura E15 ou misturas ainda maiores, como o E85. E se o mercado responder, poderemos ter um ano muito bom”, disse Dinneen.

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