Gestão Administrativa

Indústria de base do setor sucroenergético demite 2500 em 2014

Indústria de base do setor sucroenergético demite 2500 em 2014

Em Sertãozinho, interior de São Paulo, as indústrias de base tiveram quase 50% do orçamento reduzido por conta da grave crise do setor. As empresas esperam que as medidas do governo federal possam amenizar a situação nos próximos meses.

– No momento em que essa concorrência desleal acabar de existir (com o subsídio da gasolina), isso irá ajudar o setor. Porém, somente isso não resolve, pois o problema é macro. Nós temos problemas de preço de energia, custo de produção, tanto das usinas quanto das indústrias. Então apenas isso não resolve o problema, mas ajuda – comenta o diretor do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (Ceise-BR) Gilson Rodriguez.

A entressafra é o período quando, geralmente, as indústrias investem em infraestrutura e contratações. Mas, para este ano, o setor calcula uma redução de, pelo menos, 30% na mão-de-obra.

O Sindicato dos Trabalhadores da região não quis se pronunciar sobre o assunto, mas disse contabilizar cerca de 2500 demissões no setor de janeiro a outubro deste ano. A situação é tão delicada que algumas empresas ainda não fizeram o acerto de contas com os funcionários desligados.

– A cadeia produtiva da caldeira, por exemplo, é muito grande e envolve desde a indústria de automação, instrumentação, controle, tratamento de água, turbina geradores. É necessário envolver grandes empresas. Nós fizemos o máximo de esforço para reduzir custos e buscar eficiência. Agora é preciso das ações do governo. Tudo que era possível de fazer já foi feito – completa o diretor do Ceise-BR.

Um dos exemplos é a indústria Zanini tem mais de 60 anos no setor sucroenergético na produção de caldeiras e tanques para usinas. Para enfrentar a crise, a empresa precisou diversificar a produção, passando a atender outros mercados, como papel de celulose, gás, óleo e serviços de manutenção.

– A área de óleo e gás nós sabemos que há uma demanda mais forte do ponto de vista de exigências. Você têm várias documentações e vários tipos de treinamentos necessários para atender o setor. Mas nós não podemos nos esquecer de que o próprio setor sucroenergético caminha para elevação de nível de exigência, para nós esse ensaio do petróleo e gás também serve para atender as usinas do futuro – afirma o presidente da empresa, Dario Costa Gaeta.

Fonte: Canal Rural

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