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Indústria de base do setor sucroalcooleiro pede R$ 900 mi ao governo

A indústria de base do setor sucroalcooleiro pediu hoje ao governo federal a liberação de R$ 900 milhões de capital de giro para que as empresas finalizem entregas de máquinas e equipamentos às usinas e destilarias ainda este ano. O pedido foi feito por uma comitiva de empresários ligados ao Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroalcooleiro e Energético (Ceise BR), que se reuniu em Brasília com parlamentares, representantes dos ministérios do Desenvolvimento, da Fazenda e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O volume de recursos viria de liberações de financiamentos já contratados junto ao BNDES e da injeção de recursos obtidos por instituições financeiras privadas a partir da redução do depósito compulsório junto ao Banco Central. O valor é pouco mais da metade do da inadimplência do setor sucroalcooleiro com a indústria de base que chega a R$ 1,7 bilhão, de uma carteira de pedidos de R$ 4,8 bilhões pelos cálculo do Ceise BR.

Segundo o presidente da entidade, Mário Garrefa, um documento com as reivindicações seria entregue ainda hoje à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pelo senador Aloizio Mercadante (PT-SP). “Sem esses recursos e com a atual inadimplência do setor, não conseguiremos passar o ano”, disse Garrefa, que segue na capital federal amanhã para encontros na Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

O empresário disse estar otimista com as reuniões de hoje, principalmente com a posição do BNDES, que ratificou a informação de que age para agilizar a liberação dos recursos já contratados para o setor sucroalcooleiro. “Após essa medida emergencial, pretendemos fazer uma reunião, possivelmente em Sertãozinho (SP), com toda a cadeia sucroalcooleira e governo, para discutirmos outras soluções para o setor”, disse. “Além dos dois anos de crise dos preços, tivemos o fim dos créditos com a crise”.

A indústria de base do setor sucroalcooleiro tem 980 empresas brasileiras com pelo menos metade de suas produções ligada à indústria produtora de açúcar, álcool e bioenergia. Caso não haja a liberação dos recursos pedidos, os empresários calculam que ao menos 20% do quadro de funcionários pode ser cortado até o final do ano, justamente quando as contratações do setor se aqueceria. A época marca o início da entressafra da cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil, quando as usinas são desmontadas e reformadas.

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