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Indústria cresce pelo 5º mês consecutivo, revela CNI

Os indicadores de vendas reais da indústria nacional apresentaram em novembro o quinto crescimento consecutivo no ano, com alta de 1,72% em relação a outubro – considerando o índice dessazonalizado (descontados os efeitos sazonais). Segundo avaliação da Unidade de Política Econômica da CNI (Confederação Nacional da Indústria), desde o início da recuperação das vendas, em julho de 2003, a alta acumulada chegou a 10,2% em cinco meses. No acumulado do ano, no entanto, o indicador apresentou queda de 0,27%.

Na comparação com novembro do ano passado, as vendas reais cresceram 4,29%, o primeiro resultado positivo para o indicador desde março de 2003. Mas os dados não são suficientes para reverter o resultado negativo da atividade industrial no ano, segundo o coordenador da unidade, Flávio Castelo Branco. A explicação estaria no forte ajuste macroeconômico ocorrido principalmente no primeiro semestre.

Para o economista, a melhora recente nos indicadores industriais reflete os efeitos positivos da queda da inflação, em especial sobre o rendimento real das famílias e do abrandamento da política monetária.

Mesmo assim, a indústria reduziu naquele mês o uso de sua capacidade instalada em 0,6 ponto percentual, passando de 79,9% em outubro para 79,3%, revelam os dados. Na comparação com o novembro de 2002, a queda foi ainda maior, uma vez que a utilização da capacidade naquele período foi de 80,7%.

A redução, no entanto, foi encarada pelo economista como uma acomodação da atividade produtiva, e não uma reversão da tendência de melhora verificada desde julho.

Segundo a CNI, apenas os Estados do Espírito Santo e Paraná apresentaram alta no uso de suas instalações industriais em novembro. As maiores quedas em relação a outubro foram registradas em Pernambuco, Amazonas e Rio de Janeiro.

A reativação começou já em novembro a alcançar o mercado de trabalho, segundo a CNI. O emprego na indústria apresentou crescimento de 0,32% com relação a outubro. Apesar de o indicador ser ainda “moderado ou pequeno”, ele correspondeu à quarta alta consecutiva.

A leve alta no índice de emprego ocorreu acompanhada de um aumento de 2,81% na massa salarial paga pela indústria no mesmo período, a taxa mais alta registrada em 2003.

Na avaliação do economista da CNI, apesar das dificuldades da economia em 2003, “não houve um ajuste muito grande no mercado de trabalho”.

Na comparação com novembro de 2002 o crescimento foi de 0,64%, atingindo 0,75% no acumulado do ano. Os salários tiveram alta de 1,59% com relação a novembro de 2002 e queda de 4,92% no acumulado do ano.

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